3.11.11

Borás, a cidade sem lixo!

Borás, a cidade sem lixo, mostra que progresso não precisa produzir sujeira.

Em Borás, na Suécia, a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela população de cerca de 64 mil habitantes é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia (biogás), que abastece a maioria das casas, estabelecimentos comerciais e a frota de 59 ônibus que integram o sistema de transporte público da cidade.

Em função disso, o descarte de lixo no município sueco é quase nulo, e seu sistema de produção de biogás se tornou um dos mais avançados da Europa. ( Foto: Wikimedia )

"Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador", disse o professor de biotecnologia da Universidade de Borás, Mohammad Taherzadeh.

Taherzadeh falou durante o encontro acadêmico internacional Resíduos sólidos urbanos e seus impactos socioambientais, realizado em São Paulo.

Promovido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Borás, o evento reuniu pesquisadores das duas universidades e especialistas na área para discutir desafios e soluções para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com destaque para a experiência da cidade sueca nesse sentido.

Gestão de resíduos sólidos

De acordo com Taherzadeh, o modelo de gestão de resíduos sólidos adotado pela cidade, que integra comunidade, governo, universidade e instituições de pesquisa, começou a ser implementado a partir de meados de 1995 e ganhou maior impulso em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países da União Europeia.

Para atender à legislação, a cidade implantou um sistema de coleta seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias e os descartam em coletores espalhados em diversos pontos na cidade.

Dos pontos de coleta, os resíduos seguem para uma usina onde são separados por um processo óptico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.

"Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de aterros sanitários. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos", afirmou Taherzadeh.

Coleta seletiva e reciclagem

Na região metropolitana de São Paulo, que é responsável por mais de 50% do total de resíduos sólidos gerados no estado e por quase 10% do lixo produzido no país, estima-se que o percentual de coleta seletiva e reciclagem do lixo seja de apenas 1,1%.

"É um absurdo que a cidade mais importante e rica do Brasil tenha um percentual de coleta seletiva de lixo e reciclagem tão ínfimo. Isso se deve a um modelo de gestão baseado na ideia de tratar os resíduos como mercadoria, como um campo de produção de negócios, em que o mais importante é que as empresas que trabalham com lixo ganhem dinheiro. Se tiver reciclagem, terá menos lixo e menor será o lucro das empresas", disse Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

Nesse sentido, para Raquel, que é relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos de moradia adequada, a questão do tratamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil não é de natureza tecnológica ou financeira, mas uma questão de opção política.

"Nós teríamos, claramente, condições de realizar a reciclagem e reaproveitamento do lixo, mas não estamos fazendo isso por incapacidade técnica ou de gestão e sim por uma opção política que prefere tratar o lixo como uma fonte de negócios", afirmou.

Gaseificadores

Uma das alternativas tecnológicas para diminuir o volume de resíduos sólidos urbanos apresentada pelos participantes do evento foi a incineração em gaseificadores para transformá-los em energia, como é feito em Borás.

No Brasil, a tecnologia sofre resistência porque as primeiras plantas de incineração instaladas em estados como de São Paulo apresentaram problemas, entre os quais a produção de compostos perigosos como as dioxinas, além de gases de efeito estufa.

Entretanto, de acordo com José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, grande parte desses problemas técnicos já foi resolvida.


Matéria: Agência Fapesp - 12/04/2011

Veja mais:

1.11.11

Veja o que é: Selo Orgânico do Ministério da Agricultura - 2010

Ministério da Agricultura divulga cartilha sobre produtos orgânicos

Publicação explica ao público geral como funcionam o sistema de certificação e o selo que entrará em vigor no próximo ano e o que você deve cuidar ao comprar orgânicos.

Brasil dá um passo à frente! Queremos ver esses selos espalhados nas prateleiras dos supermercados.

Para que um produto seja certificado como orgânico, vários critérios devem ser respeitados pelos produtores, tais como: não usar agrotóxicos nem fertilizantes químicos, respeitar as legislações trabalhista e ambiental, fazer o manejo sustentável dos recursos naturais e dos resíduos gerados na produção.


De acordo com a lei, os produtos serão assim classificados:

- Orgânico: produtos com no mínimo 95% de ingredientes orgânicos e que não contenham ingredientes transgênicos;

- Produtos com ingredientes orgânicos: que tenham entre 70% e 95% de ingredientes orgânicos;

- Não-orgânicos: produtos com menos de 70% de ingredientes orgânicos.


Somente os produtos classificados como orgânicos poderão receber o selo de identificação do Sisorg, com os dizeres “Produto Orgânico Brasil”. Esse selo estará nas embalagens dos produtos — como alimentos, cosméticos ou roupas de algodão — a partir de 2010. Além dele, haverá também o selo de identificação da entidade que certificou o produto como orgânico.

Veja a Cartilha!

Fonte: Akatu

Saiba mais:

MicroFueler - Produz combustível a partir de lixo residencial


Parece bom demais para ser verdade: um sistema residencial que permite às pessoas fazer combustível a partir de resíduos e utilizá-lo como combustível veicular.

Isso é o que os inventores da MicroFueler criaram, a E-Fuel! MicroFueler é uma micro destilaria caseira de etanol. Consiste em dois tanques relativamente pequenos, facilmente deslocáveis, que exercem a função de micro usina de etanol.Um tanque que recebe 250 litros de matéria-prima ( orgânica ), como o vinho resíduos e cerveja, e outro que converte em 100% de etanol..

Embora MicroFueler seja mais eficaz com os resíduos que já estão em alto teor de álcool, segundo Quinn, o etanol "pode ​​ser feito de qualquer resíduo - sobras de gramado, produtos lácteos, produtos químicos velhos, papelão, papel e sobras de frutas da mercearia. O fermentado é transformado em combustível em questão de minutos ".


O segundo tanque ainda funciona como uma bomba de combustível, semelhante às que estão em postos de gasolina tradicionais. O único resíduo é a água destilada, que pode sair pelo ralo ou ser usada para irrigar as plantas.

"Se você der a todos a capacidade de fazer seu próprio combustível, você quebra a indústria de petróleo", disse o inventor Tom Quinn, um empresário do Vale do Silício, que também desenvolveu o sistema de controle de movimento para o sistema de jogos Nintendo Wii.

Veja mais aqui!

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