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19.6.12

Ponto de Coleta - Posto Padoin Camobi


Parabéns Santa Maria!!! Esse é nosso sentimento ao visualizar vários televisores, placas, fontes, mouses, cabos, telefones, video-cassetes, caixas de som, monitores, teclados e tantos outros equipamentos depositados na sala específica para isso no Posto Padoin da Faixa Nova de Camobi ( RST 287 km 2,8 ).

A Campanha segue até o dia 21 de junho, aproveite para descartar o que não lhe serve mais e que você não conseguiu trocar ou doar.



Ainda não fizemos a contagem e pelas últimas informações, os outros Pontos de Coleta na Mega Cartuchos da Av. Medianeira e Posto Padoin da Av. Walter Beltrame também estavam lotados de resíduos eletrônicos.



Só o fato de liberar espaço em casa e poder prolongar a vida útil desses recursos que foram extraídos da natureza e não poluir e contaminar o ambiente, não tem preço!




A todas as pessoas que dedicaram um pouco do seu tempo para destinar corretamente seus eletrônicos, fazendo parte da solução deste grave problema, que nossa geração terá de resolver com urgência, queremos dizer: OBRIGADO !




Infográfico - Lixo Eletrônico no Mundo


O lixo eletrônico, juntamente com os resíduos plásticos, são os problemas mais sérios que nossa geração e futuras terão de enfrentar buscando soluções. 



Clique para ampliar

Os produtos eletrônicos são formados por inúmeros metais, minerais e plásticos, que são difíceis de separar ( ainda não temos tecnologia e o custo se torna alto ) para a reciclagem e nocivos à saúde.



Como o custo da reciclagem nos países industrializados é alto, produtos  obsoletos são enviados à países em desenvolvimento (vários deles da América Latina), onde ficam em depósitos que acabam sendo extremamente tóxicos para pessoas que vivem nas regiões próximas.


Por quê? A reciclagem, em algumas dessas operações, inclui a queima de plástico a céu aberto, a fundição de metais e o despejo de líquidos tóxicos em leitos de rios, como o Good.is mostra de maneira bastante didática neste infográfico.


Além disso, há contato com substâncias presentes nos produtos eletrônicos, como mercúrio, chumbo e cobalto, que são cancerígenos e nocivos ao sistema nervoso das pessoas que trabalham e vivem no local.


O infográfico pretende alertar a população e ajudá-la a combater o problema. A maneira mais fácil é evitar trocar os aparelhos eletrônicos sem necessidade, ampliar sua vida útil e cuidar do lixo eletrônico de forma responsável (entregando-o para uma empresa que faça a reciclagem de maneira segura no próprio país).



Saiba mais:

18.6.12

Curitiba recebe lixo tóxico domiciliar


A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba, dispõe de um caminhão tipo furgão, que coleta estes resíduos, através de um calendário próprio, em 24 pontos de coleta, localizados nos terminais de ônibus urbano e, portanto, de fácil acesso à população local.

A coleta destes resíduos é executada mensalmente em cada um dos pontos. Neste dia, o caminhão permanece no terminal das 07:00 as 15:00h para receber e pesar os resíduos separados pela população, e posteriormente encaminhá-los à CTRI.

Materiais que podem ser recebidos:

Recebimento de: pilhas, baterias, toner de impressão, embalagens de inseticidas, tintas, remédios vencidos, lâmpadas fluorescestes (até 10 unidades), óleos de origem animal e vegetal (embalados em garrafas PET de 2 litros), próximo aos terminais de ônibus conforme calendário específico.

  • Material para pintura (tintas, solventes, pigmentos e vernizes).
  • Materiais para jardinagem e animais (pesticidas, inseticidas, repelentes e herbicidas).
  • Materiais automotivos (óleos lubrificantes, fluídos de freio e transmissão).
  • Outros itens (pilhas, frascos de aerossóis em geral e lâmpadas fluorescentes).

Telefone: (41)3313-5739
Email: limpezapub@smma.curitiba.pr.gov.br


Locais onde dar entrada:
Nos terminais de ônibus


Horários de atendimento:
Manhã: 07:30-12:00
Tarde: 12:00-15:00

SMMA - Secretaria Municipal do Meio Ambiente 


Saiba mais:


17.6.12

Impacto do custo ambiental na sustentabilidade

Estudo identifica 10 "megaforças" que afetarão o crescimento das empresas.



Uma nova pesquisa da KPMG Internacional identificou 10 aspectos, que denomina de “megaforças”,  que afetarão, de maneira significativa, o crescimento das empresas de modo global nas próximas duas décadas. 


São elas: Mudanças climáticas, Energia e combustíveis, Escassez de recursos materiais, Escassez de água, Crescimento populacional, Riqueza, Urbanização,Segurança alimentar, Declínio do ecossistema, Desmatamento.
Trata-se do estudo “Espere o inesperado: construindo valor para os negócios em um mundo em mudança” (“Expect the unexpected: building business value in a changing world”).   O relatório foi divulgado na abertura do evento KPMG Summit: Business Perspective for Sustainable Growth – Preparing for Rio+20 que ocorreu em fevereiro, em Nova York (EUA).  
O relatório avalia como estas forças globais podem ter impacto sobre os negócios e indústrias, calcula os custos ambientais dos negócios e convoca empresas e formuladores de políticas a conjugar esforços para mitigar futuros riscos para os negócios e tomar atitudes imediatas frente às oportunidades.
De acordo com Michael Andrew, presidente da KPMG Internacional, “estamos vivendo em um mundo com recursos limitados. O rápido crescimento de mercados em desenvolvimento, mudanças climáticas e questões de segurança energética e água estão entre as forças que exercerão enorme pressão sobre os negócios e a sociedade”.  
Segundo Andrew, os governos sozinhos não podem enfrentar esses desafios. As empresas devem assumir um papel de liderança no desenvolvimento de soluções que ajudarão a criar um futuro mais sustentável. “Ao alavancar suas capacidades de melhorar os processos, criar eficiências, gerenciar riscos e promover inovação as empresas contribuirão com a sociedade e com o crescimento econômico no longo prazo”, completa.
Custos ambientais
 A pesquisa da KPMG considera que os custos ambientais externos (que muitas vezes não são indicados nas demonstrações financeiras, pois seus portadores podem ser indivíduos ou a sociedade como um todo, sendo também geralmente não-monetários e problemáticos para serem quantificados como valores monetários) de 11 setores-chave da indústria subiram 50%, de US$ 566 bilhões para US$ 846 bilhões em oito anos (de 2002 a 2010), duplicando assim em média a cada 14 anos.
O relatório calculou que, se as companhias tivessem que pagar por todo o custo ambiental de sua produção, elas perderiam em média US$ 0,41 a cada US$ 1,00 em ganhos. Yvo de Boer, assessor especial da KPMG Global para assuntos de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, afirma que as “megaforças” de sustentabilidade global aumentarão, de maneira significativa, a complexidade do ambiente de negócios.
“Sem ação e planejamento estratégicos, os riscos se multiplicarão e serão perdidas oportunidades. As corporações estão reconhecendo que há valor e oportunidade na responsabilidade que vai além dos resultados do próximo trimestre, e que o que é bom para as pessoas e para o planeta também pode ser bom para os resultados no longo prazo e para a geração de valor aos acionistas”, avalia Yvo de Boer.
Conheça as 10 “megaforças” em sustentabilidade global
  • Mudanças climáticas: Esta deve ser a única “megaforça” global que impacta diretamente sobre as outras. As estimativas de perdas anuais devido às mudanças climáticas variam de 1% ao ano, se ações fortes e imediatas forem tomadas, até 5% ao ano, se os formuladores de políticas não agirem rapidamente.
  • Energia e combustíveis: Os mercados de combustíveis fósseis tendem a se tornar mais voláteis e imprevisíveis devido à maior demanda global por energia; a mudanças no padrão geográfico de consumo; às incertezas de fornecimento e consumo; e ao aumento de intervenções regulatórias relacionadas às mudanças climáticas.
  • Escassez de recursos materiais: Como os países em desenvolvimento se industrializam rapidamente, a demanda global por recursos materiais deve aumentar drasticamente. Os negócios devem enfrentar restrições comerciais crescentes e intensa competição global por uma ampla gama de recursos que se torna menos disponível. A escassez também cria oportunidades para que sejam desenvolvidos materiais substitutos ou para a recuperação de materiais a partir de resíduos.

  • Escassez de água: A previsão é de que, em 2030, a demanda global por água fresca excederá as provisões em 40%. As empresas estarão vulneráveis ao racionamento de água, à queda da qualidade da água, à volatilidade dos preços da água e a riscos de reputação.

  • Crescimento populacional: A população mundial deve alcançar 8,4 bilhões em 2032. Isto deixará os ecossistemas e o fornecimento de recursos naturais, como comida, água, energia e materiais, sob pressão intensa. Se, por um lado, isto é uma ameaça aos negócios, também há oportunidades de crescimento do comércio, de geração de empregos e de criação de inovações para atender às necessidades de agricultura, saneamento, educação, tecnologia, finanças e saúde das populações crescentes.

  • Riqueza: Estima-se que a classe média global (definida pela OCDE como indivíduos com rendimento disponível entre US$ 10 e US$ 100 per capita ao dia) cresça 172% entre 2010 e 2030. O desafio para as empresas é atender a este novo mercado de classe média em uma época em que os recursos tendem a ser mais escassos e voláteis. As vantagens da “mão de obra barata”, que muitas companhias experimentaram nas nações em desenvolvimento nas últimas duas décadas, tendem a ser corroídas pelo crescimento e o poder da classe média global.

  • Urbanização: Em 2009, pela primeira vez, um maior número de pessoas vivia em cidades do que no campo. Até 2030, todas as regiões em desenvolvimento, incluindo a Ásia e a África, devem ter a maioria de seus habitantes vivendo em áreas urbanas. Praticamente todo o crescimento populacional, nos próximos 30 anos, será nas cidades. Estas cidades exigirão melhorias extensas na infraestrutura, incluindo construção, fornecimento de água e saneamento, eletricidade, gestão de resíduos, transporte, saúde, segurança pública e conectividade de internet e telefonia.

  • Segurança alimentar: Nas próximas duas décadas, o sistema global de produção de alimentos estará sob crescente pressão das “megaforças”, incluindo o crescimento populacional, escassez de água e desmatamento. Os preços globais de alimentos devem aumentar de 70% a 90% até 2030. Em regiões com escassez de água, os produtores agrícolas provavelmente terão que competir por provisões com outras indústrias que exigem muita água, como utilidades elétricas e mineração, e com consumidores. Será necessária uma intervenção para reverter o crescimento da escassez localizada de alimentos (o número de pessoas cronicamente subnutridas subiu de 842 milhões, no final dos anos 1990, para mais de 1 bilhão, em 2009).

  • Declínio do ecossistema: Historicamente, o principal risco para os negócios no declínio dos serviços de biodiversidade e ecossistema tem sido a reputação das corporações. No entanto, como ecossistemas globais mostram crescentes sinais de colapso e estresse, um número maior de companhias está percebendo o quanto suas operações dependem dos serviços críticos que estes ecossistemas fornecem. O declínio dos ecossistemas está tornando os recursos naturais mais escassos, mais caros e menos diversificados, aumentando os custos da água e intensificando o dano causado por espécies invasivas em setores como agricultura, pesca, alimentação e bebidas, medicamentos e turismo.

  • Desmatamento: Florestas são grandes negócios: produtos de madeira movimentaram US$ 100 bilhões por ano entre 2003 e 2007, e o valor de outros produtos derivados das florestas, em sua maioria alimentos, foi estimado em US$ 18,5 bilhões em 2005. No entanto, a OCDE prevê que as áreas florestais irão diminuir 13% globalmente, entre 2005 e 2030, principalmente no sul da Ásia e da África. A indústria madeireira e as indústrias de derivados, como papel e celulose, estão vulneráveis a uma potencial regulamentação para reduzir ou reverter o desmatamento. As companhias também podem vir a perceber que estão sob crescente pressão de clientes para provar que seus produtos são sustentáveis pelo uso de padrões de certificação. Oportunidades de negócios devem surgir a partir do desenvolvimento de mecanismos de mercado e incentivos econômicos para reduzir o desmatamento. Com informações da assessoria.
Fonte: KPMG


16.6.12

Infográfico Animado - Lixo Eletrônico

A Universidade Virtual do Estado de São Paulo criou um infográfico animado com dados e fontes de pesquisa sobre temáticas que envolvem o lixo eletrônico.



O material é atual, simples e bom para  uso didático de professores, bem como para alertar a sociedade sobre a importância de rever seus hábitos e valores.

Clique na imagem e será para ser direcionado a página onde abrirá a animação.


Saiba mais:

15.6.12

Componentes do computador


Geralmente os computadores são feitos de elementos básicos, conhecidos de todos, como plásticos e metais, mas também de componentes extremamente danosos à saúde, como chumbo, cádmio, berílio, mercúrio, dentre outros.






O mercúrio, muito utilizado em computadores, monitores e TVs de tela plana, pode causar danos cerebrais e ao fígado. 


O chumbo, o componente mais usado em computadores, além de televisores e celulares pode causar náuseas, perda de coordenação e memória. Em casos mais graves, pode levar ao coma e, consequentemente, à morte.


A lista continua. Mesmo produtos utilizados apenas para a prevenção de incêndios pelo computador, como o BRT, pode causar disfunções hormonais, reprodutivas e nervosas.


Quando estes elementos tóxicos ficam expostos ao ar livre, depositados em lixões, contaminam tanto o solo como a água e todos aqueles em contato com essas fontes poderão ser contaminados pelos detritos.


Não há ainda computadores feitos sem produtos nocivos à saúde e somente o processo de retirada dos produtos da natureza já atinge o meio ambiente, seja por causa do transporte, do uso de água para a fabricação de componentes, etc.


Portanto, se a reciclagem prevenir qualquer uma das etapas de fabricação ou a contaminação do solo e da água, já é um ganho para a natureza.


Dedique um pouco do seu tempo para destinar adequadamente seu computador antigo, além de poder estar contribuindo com algum projeto social e prolongando a vida útil do equipamento, evitará por em risco a saúde de pessoas e animais.



Saiba mais:

13.12.11

Exposição de fotos aéreas - Cicatrizes Industriais



J Henry Fair, fotógrafo, apresenta a exposição de imagens aéreas " Industrial Scars " e nos remete a visões dos excessos dos nossos tempos.




As belíssimas imagens em cores, tons e formas apresentam artisticamente os registros das ações do homem na face da Terra. As fotos panorâmicas transmitem a escala da destruição assustadora, criando a sensação de que a humanidade tem feito a sua própria forma de catástrofe natural irreversível.


" Industrial Scars é um olhar estético de algumas das nossas lesões mais flagrantes no sistema que nos sustenta, na esperança de que o espectador saia compreendendo sua inata cumplicidade e tenha vontade de fazer a diferença."



Sua exposição já passou por diversas galerias da Europa e está sendo amplamente divulgada em jornais e revistas internacionalmente.

Parte do livro com algumas imagens, está diponível para baixar. Baixe aqui!


Veja Mais:

6.12.11

Aquífero Guarani ameaçado por agrotóxicos!

(Imagem: .jcnet.com.br)

O Aquífero Guarani, manancial subterrâneo de onde sai 100% da água que abastece Ribeirão Preto, cidade do nordeste paulista localizada a 313 quilômetros da capital paulista, está ameaçado por herbicidas.

A conclusão vem de um estudo realizado a partir de um monitoramento do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) em parceria com um grupo de pesquisadores, que encontrou duas amostras de água de um poço artesiano na zona leste da cidade com traços de diurom e haxazinona, componentes de defensivo utilizado na cultura da cana-de-açúcar. ( Baixe o PDF do estudo aqui )

No período, foram investigados cem poços do Daerp com amostras colhidas a cada 15 dias. As concentrações do produto encontradas no local foram de 0,2 picograma por litro – ou um trilionésimo de grama.

O índice fica muito abaixo do considerado perigoso para o consumo humano na Europa, que é de 0,5 miligrama (milésimo de grama) por litro, mas, ainda assim, preocupa os pesquisadores, que analisam como possível uma contaminação ainda maior.

No Brasil, não há níveis considerados inseguros para as substâncias. Ainda assim, a presença do herbicida na zona leste – onde o aquífero é menos profundo – acende a luz amarela para especialistas.

Segundo Cristina Paschoalato, professora da Unaerp que coordenou a pesquisa, o resultado deve servir de alerta. "Não significa que a água está contaminada, mas é preciso evitar a aplicação de herbicidas e pesticidas em áreas de recarga do aquífero", disse ela.

O monitoramento também encontrou sinais dos mesmos produtos no Rio Pardo, considerado como alternativa para captação de água para a região no longo prazo. "Isso mostra que, se a situação não for resolvida e a prevenção feita de forma adequada, Ribeirão Preto pode sofrer perversamente, já que a opção de abastecimento também será inviável se houver a contaminação".


Novo estudo realizado pela USP em 2011 constatou contaminação:


O pesquisador explica que a contaminação do aquífero acontece devido a poluição do solo, o que deve ser controlado por meio da gestão pública. “O aquífero contamina porque a qualidade da água depende muito do que você faz sobre a terra. Então, se ao invés de um aterro sanitário bem projetado você faz um lixão, isso pode contaminar o solo. Agora, se você tiver uma boa gestão de manejo do resíduo sólido do lixo, você não vai contaminar o solo. Cabe à política de gestão controlar o que se faz no solo”.

A estimativa da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (CETESB) é que o estado tenha aproximadamente de 3 a 4 mil áreas contaminadas. O último balanço apresentado pela companhia, em dezembro do ano passado, analisou 24 áreas em Bauru, sendo que oito delas foram denominadas como “contaminadas” e apenas duas como “reabilitadas”.



Aquífero ameaçado

O Sistema Aquífero Guarani, que faz parte da Bacia Geológica Sedimentar do Paraná, cobre uma superfície de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sendo 839., 8 mil no Brasil, 225,5 mil quilômetros na Argentina, 71,7 mil no Paraguai e 58,5 mil no Uruguai. Com uma reserva de água estimada em 46 mil quilômetros quadrados, a população atual em sua área de ocorrência está em quase 30 milhões de habitantes, dos quais 600 mil em Ribeirão Preto.

A água do SAG é de excelente qualidade em diversos locais, principalmente nas áreas de afloramento e próximo a elas, onde é remota a possibilidade de enriquecimento da água em sais e em outros compostos químicos. É justamente o caso de Ribeirão, conhecida nacionalmente pela qualidade de sua água.

Para o engenheiro químico Paulo Finotti, presidente da Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente (Soderma), Ribeirão corre o risco de inviabilizar o uso da água do aquífero in natura. "A zona leste registra plantações de cana em áreas coladas com lagos de água do aquífero. É um processo de muitos anos, mas esses defensivos fatalmente chegarão ao aquífero, o que poderá inviabilizar o consumo se nada for feito", explica.

Já para Marcos Massoli, especialista que integrou o grupo local de estudos sobre o aquífero, a construção de casas e condomínios na cidade, liberada através de um projeto de lei do ex-vereador Silvio Martins (PMDB) em 2005, é extremamente prejudicial à saúde do aquífero. "Prejudica muito a impermeabilidade, o que atinge em cheio o Aquífero", diz.



Captação

Outro problema que pode colocar em risco o abastecimento de água de Ribeirão no médio prazo é a extração exagerada de água do manancial subterrâneo. Se o mesmo ritmo de extração for mantido, o uso da água do Aquífero Guarani pode se tornar inviável nos próximos 50 anos em Ribeirão Preto.

A alternativa, além de reduzir a captação, pode ser investir em estruturas de captação das águas de córregos e rios que, além de não terem a mesma qualidade, precisam de investimentos significativamente maiores para serem tratadas e tornadas potáveis. A perspectiva já é considerada pelos estudiosos do chamado Projeto Guarani, que envolveu quatro países com território sobre o reservatório subterrâneo. O cálculo final foi entregue no fim do ano.

O mapeamento mostrou que a velocidade do fluxo de água absorvida pela reserva é mais lenta do que se supunha. Pelas contas dos especialistas, a cidade extrai 4% mais do que poderia do manancial. A média de consumo diário de água em Ribeirão é de 400 litros por habitante, bem acima dos 250 litros da média nacional. Por hora, a cidade tira do aquífero 16 mil litros de água. Vale lembrar que a maior parcela de água doce do mundo, algo em torno de 70%, está localizada, em forma de gelo, nas calotas polares e em regiões montanhosas.

Outros 29% estão em mananciais subterrâneos, enquanto rios e lagos não concentram sequer 1% do total. Entretanto, em se tratando da água potável, aproximadamente 98% se encontram no subsolo, sendo o Aquífero Guarani a maior delas.

A alternativa para não desperdiçar esses recursos é investir em reflorestamento para garantir a recarga do aquífero, diz o secretário-geral do projeto, Luiz Amore.

Fonte: Diário Comércio Indústria e Serviços

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