5.7.10

Horta caseira vira negócio para casal do Rio

Sítio do Moinho virou referência na produção orgânica de verduras, legumes, grãos, cereais, sucos, entre outros produtos

Com a pretensão apenas de investir em uma produção doméstica, o casal Dick e Ângela Thompson começou a fazer uma horta orgânica em uma área de sete hectares no sítio em Itaipava, região serrana do Rio de Janeiro. A proprietária confessa que a idéia era despretensiosa e experimental, mas a qualidade dos produtos começaram a chamar a atenção dos vizinhos, os primeiros clientes.

De 1989 para cá, o Sítio do Moinho virou referência e a venda não se restringe apenas a verduras e legumes, mas inclui ainda grãos, cereais, sucos, conservas, além de importar molhos, massas e farinha de trigo italianas. Em 2003, o Sitio iniciou a produção de pães orgânicos e possui a primeira panificadora reconhecida pela associação de certificação Instituto Biodinâmico (IBD). O mix de produtos conta com cerca de 400, todos certificados. Mas a história de sucesso teve lá seus percalços.

"A rotina era dura e no começo fazíamos tudo: colher, lavar, separar os produtos e entregar. Quando começamos a distribuir no Rio de Janeiro, o trabalho dobrou. Ficamos animados porque o céu era o limite, mas os problemas logo apareceram e quase inviabilizou o negócio".


O sucesso comercial fez com que o casal começasse a arrendar terrenos vizinhos para atender a demanda, o que significou mais gastos com contratação de mão de obra e equipamentos como bombas d`água. Some-se a isso o controle de estoque, a organização da empreitada e a logística da distribuição. Outro problema foi a quantidade de funcionários fixos em 35 pontos de venda. "Aprendemos levando na cabeça e pisamos no freio", relata Ângela.

A opção por um crescimento sustentável passou a ser o lema do negócio. Hoje, ela conta com humor que tem gente pedindo de joelho para receber os produtos, mas o casal está convicto que o mais importante é atender bem, entregando alimentos com qualidade e não mais pela quantidade.

O controle de todos os aspectos do negócio é severo. O Sítio do Moinho tem hoje mais de 50 empregados, entre motoristas, entregadores e pessoal administrativo. O casal também optou por contratar mais funcionários especializados, como nutricionista e administrador. O acerto do rumo também permitiu que o casal pudesse investir em uma loja no Leblon, um dos bairros mais sofisticados do Rio.

Qualquer que seja o negócio, do alto da sua experiência, Ângela diz que é preciso não deixar qualquer detalhe ao acaso, para não comprometer toda a cadeia de trabalho. Outro ponto vital, segundo ela, é ter identificação com o negócio, disposição para enfrentar as adversidades e muita convicção para enfrentar cada etapa.

"A empresa reflete a crença do dono. Nós realmente acreditamos que podemos ajudar a melhorar o planeta e a produção orgânica é uma forma de mostrar que isso é possível. Além da qualidade dos produtos, também estamos convictos que é possível ter um negócio de sucesso seguindo princípios de transparência e correção ética nas relações profissionais".

Para multiplicar as oportunidades de negócio e a troca de experiência, Ângela também ressalta a importância do projeto 'OrganicsNet', da Sociedade Nacional da Agricultura, que conta com apoio do Sebrae do Rio de Janeiro. O Sítio do Moinho, que Ângela classifica como 'supermercado virtual', entrega produtos em todo o país, menos os perecíveis. O mais novo lançamento é o Agave, adoçante natural do México, menos calórico que o açúcar.

Fonte: agenciasebrae.com.br

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