16.10.09

O LIXO RETRATADO COM HUMANIDADE

Na matéria anterior, falávamos sobre como o lixo –-- que a maioria de nós percebe como algo descartável, sujo e sem valor --- pode garantir a sobrevivência de milhares de pessoas.


O fotógrafo britânico Chris Jennings visitou alguns dos maiores lixões da América Central, em busca de imagens que mostrassem ao mundo quem são as pessoas que buscam dignidade em nossas sobras.

O resultado são fotografias marcantes, onde homens, corvos, crianças e lixo se misturam. Não há como não se sensibilizar depois de vê-las.

Seguem trechos da entrevista dada por Chris ao Banco Interamericano de Desenvolvimento.


BIDAmérica: Várias de suas fotos mostram crianças. Esse é um quadro típico?

Jennings: Temo que sim. Não me lembro de jamais ter ido a um lixão onde não houvesse crianças. Elas trabalham duro, também. Vi garotinhas arrastando sacos do tamanho delas. Mas são crianças e, se encontram uma bicicleta velha, não resistem a brincar com ela.

BIDAmérica: Que riscos esses locais representam para os catadores de lixo? E qual o impacto ambiental mais abrangente dos lixões?

Jennings: Esses locais representam uma série de riscos para a saúde – desde os relacionados com as condições anti-higiênicas àqueles ligados à violência, sempre presentes em sociedades pobres. Os catadores de lixo são, freqüentemente, os mais pobres dentre os pobres, de forma que já ficam expostos a um risco maior se adoecem.

O impacto ambiental de lixões não regulamentados é considerável. O impacto mais imediato, aquele que se percebe em primeiro lugar, é o cheiro. A matéria orgânica em decomposição atrai insetos e roedores, ambos transmissores de doenças. À medida que a matéria se decompõe, surgem outros problemas, tal como a liberação de ácidos orgânicos, que contaminam rios e lençóis de água subterrâneos. A decomposição também gera metano, o pior dos gases causadores do efeito estufa, responsável pelo aquecimento global. O metano freqüentemente resulta em incêndios espontâneos no lixão, que, na maioria das vezes, somente são apagados pela água da chuva.

BIDAmérica: Esses países estão obtendo algum progresso no que se refere a encontrar formas corretas de se desfazer do lixo?

Jennings:
Acredito que o uso de aterros – quando são adequadamente projetados para prevenir a poluição – é uma forma aceitável de destinação do lixo. O importante é que os países estão, gradativamente, convertendo seus lixões em aterros sanitários.

Há indícios claros de que os países da América Central estão se conscientizando do impacto social dos lixões. Tenho visto melhorias significativas em alguns dos lixões que visitei nos últimos quatro anos. O município da cidade da Guatemala ergueu uma cerca em volta do terrível lixão na Zona 3, no centro da cidade, construiu melhores estradas de acesso e registrou todos os catadores de lixo, que, entre outras medidas de que se beneficiam, são submetidos a um programa de vacinação.

Tegucigalpa é outra cidade que introduziu melhorias significativas na forma de gerenciar seu lixo. Os resíduos sólidos são cobertos bem mais rapidamente, e nos lixões são instaladas chaminés, de forma a permitir que o metano escape para a atmosfera ou seja queimado de forma controlada.

Tegucigalpa também está fazendo experiências com a inclusão de catadores de lixo em programas de reciclagem, longe dos lixões.

Veja matéria completa aqui!

Fonte consultada: Banco Interamericano de Desenvolvimento

Dica: Pâmela Marconatto Marques
Coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Monografia - FADISMA


Saiba mais:


15.10.09

Os Usos da Água no Brasil

A ÁGUA NO PLANETA

Quase toda a água que existe na Terra (97,5%) é salgada e está nos oceânos, sendo imprópria para o uso agrícola e industrial.


De toda a água doce disponível no planeta, o Brasil detém 11,6% da água doce superficial do mundo.

Os 70 % da água disponíveis para uso estão localizados na Região Amazónica.


Os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender a 93% da população.

O uso da água triplicou de 1950 até os dias atuais. Os rios estão poluídos por agrotóxicos, resíduos industriais, resíduos de lixões e lançamento de esgoto doméstico sem tratamento.


OS NÚMEROS DA ÁGUA NO BRASIL:

Dados da ANA (AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS) confirmam que a agricultura é responsável pela maior parte do consumo de água:


Dos 840 mil litros retirados dos mananciais brasileiros por segundo:

  • 69% vão para a irrigação
  • 11% para o consumo urbano
  • 11% para o consumo animal
  • 7% utilizados pelas indústrias
  • 2% pela população rural

É preciso repensar esses números! Mesmo que o uso humano consuma 13%, continue fazendo sua parte.

DESPERDÍCIO:

Somente na irrigação agrícola, o desperdício chega a 50%
Redes mal conservadas são responsáveis por perdas de 40% na distribuição de água

NÚMEROS DO DESPERDÍCIO MENSAL POR UNIDADE:

Escovar dentes com torneira aberta = 80 litros
Lavar louça com torneira aberta = 100 litros
Lavar carro com mangueira em meia hora = 560 litros
Lavar calçada com mangueira = 280 litros
Banhos longos = 95 a 180 litros
Gotejamento de 1 torneira = 46 litros por dia (1.380 l/m)

Repense seu consumo e desperdício de alimentos, carne e produtos insdustriais. Lembre que todo consumo impacta diretamente em água.

Mais sobre água:


Saiba mais:


14.10.09

Como um Menino Pobre constrói um Gerador Eólico?

O vídeo conta a história de William, que aos 14 anos decidiu “fazer alguma coisa” com as coisas que tinha, para ajudar sua família.


William Kamkwamba nasceu em Malawi, país mais pobre do mundo segundo relatório de 2005 do FMI. Sua iniciativa impactou a vida de muitas pessoas, através de sua ação ou pelo exemplo de empreendedorismo e continua inspirando pessoas em todos os continentes.

Um livro, vontade e meia dúzia de ferramentas ( se é que ele tinha tudo isso ). Precisamos de pessoas como William, que transformem conhecimento em ações práticas em benefício de todos.

Ele que foi chamado de " louco ", passou fome junto com sua família e mesmo assim, conseguiu construir sozinho dois moinhos de vento que geram energia para casa e irrigam plantações de sua vila.

A história comoveu jornalistas do mundo inteiro e William teve a oportunidade de fazer parte de um grupo de jovens lideranças na África do Sul. Hoje com 22 anos, ele conta sua história nesse mini-documentário. ( está em inglês, mas as imagens são auto-explicativas )




Saiba mais:

Related Posts with Thumbnails

Seguidores

Desenvolvimento e Gestão do Blog: Zope Mídia

ads.txt

  © Free Blogger Templates 'Greenery' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP