1.12.10

Evento - Metas da biodiversidade para o futuro

O Programa Biota-FAPESP, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) decidiram marcar o encerramento do Ano Internacional da Biodiversidade e o início do Ano Internacional das Florestas com um evento.

A conferência internacional Getting Post 2010 – Biodiversity Targets Right será realizada de 11 a 15 de dezembro no hotel Villa Santo Agostinho, em Bragança Paulista (SP). O objetivo é contribuir para estabelecer não só novas e significativas metas para a conservação da biodiversidade utilizando embasamento científico, como também mecanismos para monitorar a efetiva implementação dessas metas.

O evento reunirá parte dos principais personagens que estiveram na 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP10) em Nagoya, no Japão, que terminou no dia 29 de novembro.

A abertura do encontro em Bragança Paulista será feita por Ahmed Djoglaf, secretário geral da Convenção sobre a Diversidade Biológica, que coordenou os trabalhos da reunião de Nagoya.

Na manhã seguinte, Maximiliano da Cunha Henriques Arienzo, subchefe da Divisão de Meio Ambiente do Itamaraty e chefe da delegação e principal negociador brasileiro em Nagoya, fará um relato da COP10 e também do andamento da criação do Intergovernmental Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES).

Na sequência serão discutidas questões relativas à interoperabilidade entre sistemas de informações sobre biodiversidade, o uso de novas técnicas para o estudo da biodiversidade de microrganismos, ferramentas de modelagem associadas a indicadores e parâmetros e métricas para monitorar a conservação ou perda de biodiversidade.

“No último dia, a conferência se voltará para a Mata Atlântica, a mais antiga e mais ameaçada de nossas florestas”, disse Joly, professor titular do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e organizador do evento em Bragança Paulista.

O evento terá quatro temas principais, que serão apresentados e debatidos em simpósios: “National and International Interoperability among Biodiversity Information Systems”, “Metagenomics as a tool to assess micro-biodiversity”, “Post 2010 Biodiversity Targets: ecosystem and evosystem services” e “Impacts of Local & Global Changes on the Atlantic Rain Forest”.


Entre os palestrantes de outros países convidados estão Eduardo Morales Guillaumin (Conabio, México), Monica Vera (Fundação Humboldt, Colômbia), Francisco Antonio Squeo (Instituto de Ecologia e Biodiversidade, Chile), Alfred Püehler (Universidade Bielefeld, Alemanha), Jack Anthony Gilbert (Plymouth Marine, Reino Unido), Timothy Vogel (Universidade de Lyon, França), Rodolfo Dirzo (Stanford University, Estados Unidos) e Harold Mooney, presidente da Diversitas.

Antonio Mauro Saraiva (Universidade de São Paulo, USP), Marcelo Tabarelli (Universidade Federal de Pernambuco), Carlos Grelle (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Célio Haddad (Universidade Estadual Paulista), Eduardo Eizirik (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Geraldo Afonso Fernandes e Adriano Paglia (Universidade Federal de Minas Gerais), Philip Fearnside (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Thomas Lewinsohn (Unicamp) e Miguel Calmon (Instituto BioAtlântica) serão alguns dos conferencistas do Brasil.

Inscrições e mais informações sobre a conferência: www.biota2010-targets.com.br


Cientificamente significativos


Os organizadores da conferência Getting Post 2010 – Biodiversity Targets Right ressaltam que as metas para a biodiversidade em 2010 no mundo, bem como as metas brasileiras para a biodiversidade no ano, não foram alcançadas, conforme ficou evidente durante a COP10.

Parte do fracasso, segundo eles, se deveu ao fato de não se poder demonstrar cientificamente uma redução significativa nas taxas de perda de biodiversidade com o conhecimento disponível atualmente. Outro problema é o lapso de tempo entre as ações para ampliar a conservação da biodiversidade e o efetivo impacto dessas medidas, que pode ser de décadas, ou mesmo de séculos.

Também é bem conhecido, apontam os organizadores, que a maior parte dos principais motores da perda de biodiversidade – como mudanças no uso da terra, mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras – tem crescido desde 2001, quando as metas foram estabelecidas.

“Entretanto, como apontou o professor Thomas Lovejoy no evento organizado pelo Biota-FAPESP no Palácio dos Bandeirantes no Dia Internacional da Biodiversidade, as metas tiveram um efeito extremamente positivo. Elas levaram a conservação da biodiversidade para o topo da agenda mundial, desencadearam a Avaliação Ecossistêmica do Milênio e fizeram com que a Convenção sobre Diversidade Biológica promovesse e intensificasse iniciativas como o Programa Áreas Protegidas e a Estratégia Global para a Conservação de Plantas”, disse Joly.

Por conta disso, segundo os organizadores da conferência, é de importância fundamental, e urgente, que se estabeleçam metas novas, mensuráveis e cientificamente significativas, com medidas objetivas e específicas para comprometer governos em nível nacional, regional e global com uma proposta radical em relação a abordagens anteriores.

“É imperativo garantir não apenas a preservação de serviços ecossistêmicos que beneficiam o homem, mas também os processos que geram e mantêm a biodiversidade, que possuem valores intrínsecos não mensuráveis monetariamente”, destacou Joly.

“Nesse cenário a conferência em Bragança Paulista se tornou uma oportunidade única de interação com os principais atores internacionais que atuam nessa grande área que a temática caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade abrange”, disse.

Fonte: FAPESP

25.11.10

Atlas - Mar, Petróleo e Biodiversidade - Greenpeace

O Greenpeace acaba de lançar o atlas "Mar, petróleo e biodiversidade - A geografia do conflito"

O interesse pela utilização de novas áreas no litoral deverá crescer com o início da exploração do pré-sal, tornando ainda mais complicado e difícil o atendimento da recomendação do Ministério do Meio Ambiente para a criação de unidades de conservação em nossa zona marinha.

Portanto, se objetiva mostrar, por meio da representação em mapas, o conflito cada vez mais intenso que ocorre em nosso litoral entre a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico.

Uma maneira de despertar a consciência sobre a necessidade urgente de criar mais unidades de conservação marinhas, fundamentais para o bem estar da população brasileira.

Nossa zona costeiro-marinha, que se alonga por mais de 8, 600 km de costa e se estende por aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados, abriga ecossistemas diversos, habitados por inúmeras espécies da flora e da fauna,muitas das quais ameaçadas de extinção.
Apesar da sua importância ecológica, atividades econômicas impactam seriamente o nosso litoral sem que sejam adotadas medidas para sua proteção.


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16.11.10

FAO alerta: Agricultura deve mudar para sistemas sustentáveis!

Agricultores do mundo devem mudar rapidamente para sistemas agrícolas mais sustentáveis e produzir alimentos para as crescentes necessidades da população e responder à mudança climática global, advertiu o especialista em culturas da FAO, em uma conferência internacional sobre a agricultura.

Vantagens da Agricultura de Conservação

  • Em 1960, um hectare da terra cultivável permitia alimentar em média a nível mundial 2.4 pessoas. Em 2005, este número tinha sido aumentado a 4.6 pessoas por hectare, e as previsões para 2050 indicam que poderá aumentar entre 6.1 e 6.4 pessoas. É óbvio que isso se deve a produzir mais alimentos pelo hectare.
  • Mas a taxa de crescimento da produtividade na agricultura está em declínio, em vez de aumentar. Considerando que esta taxa era de 2.3 % anuais de 1961, espera-se que desça aos 1.5 % a partir de agora até o ano 2030, e podendobaixar outra vez aos 0.9 % entre esse ano e 2050.
  • Uma das razões para a redução das taxas de crescimento da produtividade é baseada na dependência excessiva dos fazendeiros em um aumento dos níveis de insumos para aumentar a produção, que danificam a terra e os ecossistemas e faz para diminui o rendimento.

  • O rendimento da agricultura de conservação são iguais aos da cultura intensiva convencional, além de ser mais estáveis e precisar de menor aplicação de agentes químicos, visto que os sistemas convencionais exigem frequentemente doses maiores para obter os mesmos resultados. A A.C. é muito mais sustentável para o ambiente.
  • Ao não precisar cortar árvores e ao não preparar a terra regularmente, a A.C. reduz a carga de serviço dos fazendeiros em uns 50% em média. Portanto, maior lucratividade pela diminuição de dispêndio de investimento e energia. Os agricultores mecanizados podem economizar até uns 70 % no custo de combustível.
  • Os três princípios básicos da A.C. - evitar a alteração mecânica da terra, de forma a manter permanente a camada superficial orgânico da terra e garantir uma rotação apropriada das culturas. Reservar terra para uso circunstancial, capaz de produzir mais em caso de seca ou do excesso de água.

  • Pode ajudar a abrandar a mudança climática, não somente quando reduzir os gás do efeito de estufa produziu pelos setores agriculturais e a floresta - de que supor perto dos 30 por cento do total de emissões mas igualmente ao ajudar a manter o carbono na terra a uma média de 0.5 toneladas anual pelo hectare. Este número supor 54 milhões de toneladas presentemente, mas será aumentado com o número de hectare que é destinado à C.A.
Fonte: FAO ( Organização das Nações Unidas para a Agricultura )

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15.11.10

Saiba por quê plantar Árvores Nativas

Qual a diferença entre nativas, exóticas e endêmicas?


Nativa – ocorre naturalmente na região que se está tratando.

Exótica – não ocorre naturalmente na região que se está tratando.

Endêmica – espécie que ocorre exclusivamente na região que se está tratando. Uma espécie que é nativa da Austrália é considerada exótica no Brasil, como é o caso do Eucalipto. Uma espécie pode ser Nativa do Brasil, porém endêmica da Bahia, como é o caso da piaçava. Isso quer dizer que em São Paulo, ou em Amazonas, esta espécie é considerada Exótica.

Os benefícios de se plantar árvores nativas de sua região, além de não ter os problemas das exóticas, estão descritos a baixo:

  • O alimento é exatamente os que os animais nativos precisam.

  • Fazem parte de uma determinada floresta onde uma espécie ajuda a outra, de diversas formas.

  • Dificilmente espécies nativas são exterminadas por pragas, pois já desenvolveram muito bem uma defesa para cada praga da região.

  • Muito indicadas em plantios orgânicos, que desejam não utilizar agrotóxicos.

  • A relação entre os nutrientes disponíveis, e os nutrientes necessários para a árvore, é harmoniosa.

  • São as árvores nativas que os pássaros nativos procuram para fazer seus ninhos. Você já reparou que em matas de Eucalipto ou Pinus houve-se muito pouco ou quase nenhum som de pássaros e outros animas?

  • E por último, se existem mais de 500 espécies só na Mata Atlântica, das mais variadas formas, das mais lindas flores das mais cobiçadas madeiras do mundo …

Porque NÃO plantar árvores exóticas?

  • Por não terem predadores naturais, essas espécies podem se multiplicar sem controle, tornando-se assim uma praga, como é o caso do Eucalipto.

  • Por não terem uma boa relação com a floresta nativa, podem competir desigualmente pelo espaço, chegando até matar as espécies nativas, como é o caso da Leucena, que em seu habitat natural com pouca água, desenvolveu uma substância que impede o crescimento de outras espécies ao seu redor, para evitar a competição pela água escassa.
  • A proliferação pode ser descontrolada. Como é o exemplo também da Leucena. Em seu habitat nativo desenvolveu uma estratégia de produzir milhares de sementes. Isso porque a semente que encontrar apenas um pouco de água já irá germinar. Mas aonde o solo é seco só algumas sementes conseguem sobreviver. Aqui no Brasil, por ser um país tropical úmido, todas as sementes encontrar condições ideais para germinar. O que temos é uma disseminação tão intensa deste espécie que hoje é considerada uma verdadeira praga em nosso ambiente.
  • O maior erro em se plantar exóticas como Eucalipto e Pinheiros, é que estas espécies crescem muito rápido. Pessoas e empresas que são obrigadas judicialmente a reflorestar, utilizam estas espécies para mostrar o resultado o mais rápido possível. O que muita gente não sabe é que com espécies pioneiras brasileiras, consegue-se este resultado ou mesmo um melhor, tanto em termos de tempo quanto obviamente de qualidade, como é o caso da Embaúba, Monjoleiro e tantas outras mais.

Plante árvores de espécies brasileiras!

Fonte: Funverde

Saiba mais:

Casa na Dinamarca produz mais energia do que gasta

Este exemplo dinamarquês, deveria ser replicado em todos os países.


Veja matéria do Jornal Nacional:

Na Dinamarca, uma casa autosustentável produz mais energia do que gasta, “pensa'' conforme as necessidades dos moradores, e ''age'' de acordo com a temperatura ambiente.

Durante 8 meses, a energia produzida pelo sol é mais do que suficiente para abastecer a casa. O que sobra é transferido à companhia de eletricidade. E serve como crédito para o fornecimento no rigoroso inverno dinamarquês, período em que o sol não brilha tanto neste país.



O ''cérebro'' da casa é um computador que controla todos os equipamentos: acende e apaga a luz, abre e fecha as persianas, aciona o aquecimento da água da cozinha e dos banheiros, regula o ar condicionado.

O computador ''age'' de acordo com as informações que recebe de sensores de claridade e instrumentos meteorológicos.

Vidros especiais deixam passar a luz do sol, mas conservam a temperatura no interior quando esfria do lado de fora.

Saiba mais:

14.11.10

Jogos Interativos - Educação Ambiental

Jogos de Educação Ambiental referente ao tema da água.

Os jogos interativos são direcionados a crianças do ensino fundamental. A língua está em português de Portugal. Mas mesmo assim, não deixa de ser instrutivo.

Organizados em forma de Quiz, palavras-cruzadas, quebra-cabeça, caça-palavras, dentre outros.



Saiba mais:

13.11.10

MMA e Ibama classificam carros menos poluentes!

MMA e Ibama classificam carros por emissão de CO2 e poluentes.

O cidadão passa a contar com dois instrumentos para conhecer as emissões de gás carbônico e de outros poluentes por carros de passeios: a Nota Verde e o indicador de CO2 que o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama lançaram.

Por enquanto, os dados disponíveis referem-se a modelos produzidos em 2008 e podem ser acessados pelos sites do ministério (www.mma.gov.br) ou do instituto (www.ibama.gov.br). Brevemente, as mesmas informações sobre emissões dos carros fabricados em 2009 também serão divulgadas.

A Nota Verde, criada pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve/Ibama, varia numa escala de 0 a 10. Quanto maior a nota de um carro, menor o seu índice de emissão de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. ( Clique para ampliar )



Nota Verde

Já com o indicador de CO2, o consumidor obterá informações sobre emissão de gás carbônico por quilômetro rodado pelo carro. A escala vai de 5 a 10, com uma casa decimal de precisão. Aquele que emitir menos CO2 receberá nota 10.

Faça a consulta do seu modelo aqui!

5.11.10

Pesquisador da UFSM conquista 1° lugar no Prêmio Varejo Sustentável Walmart-Brasil

Reconhecidamente, um dos maiores desafios da lei de resíduos sólidos é a definição de instrumentos econômicos que estimulem a adoção de práticas menos poluentes e mais eficientes ecologicamente.

Nesse sentido, o trabalho do pesquisador da UFSM, Prof. Valny Giacomelli Sobrinho, sob o título:


"RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO VAREJO: A CONTRIBUIÇÃO DOS MODELOS HÍBRIDOS DE INSUMO-PRODUTO PARA A SUSTENTABILIDADE E A EFICIÊNCIA ECOLÓGICA”
, recebe o 1° lugar no 3º Prêmio Varejo Sustentável Walmart-Brasil - 2010.


Qual o escopo da pesquisa?


O princípio básico, como esclarece o pesquisador:

"Não se trata de simplesmente atribuir preço aos resíduos (tal como nos métodos denominados de "valoração ambiental"); trata-se, antes, de demonstrar como os preços se formam, de maneira inclusive distorcida, a partir do (mau) uso que se faça dos recursos naturais."

Os modelos híbridos de insumo-produto permitem determinar quanto de resíduo (poluição) é necessário para gerar uma unidade monetária de produto ou renda econômicos. Assim, é possível determinar qual é o custo (ou benefício) ambiental da atividade econômica. A vantagem desses modelos é que eles permitem realizar essa avaliação não só na cadeia de consumo (resíduos sólidos ou tóxicos), mas também na de suprimentos (resíduos de produção ou rejeitos) – ou, no caso do varejo, na de fornecedores (resíduos derivados dos estoques de mercadorias a serem vendidas no comércio varejista).

Afinal, os negócios sustentáveis não se resumem mais àqueles que assumem a responsabilidade de recolher resíduos de bens e serviços deixados ao longo da cadeia de consumo (output end).

Embora os produtos e embalagens que chegam ao mercado sejam impostos à sociedade pelas indústrias que os fabricam, o recolhimento deles, na ponta do consumo, pelo setor varejista, que os distribui, é tão imprescindível ao tratamento (reciclagem e reaproveitamento) de resíduos quanto a redução deles, na cadeia de fornecedores (input end).


Tal simetria requerida por uma versão mais consistente de sustentabilidade contempla o ciclo de vida do produto e assenta-se num critério de desempenho econômico denominado “eficiência final”.

Conforme esse critério de sustentabilidade, o objetivo último de toda atividade econômica é conseguir o máximo de serviços a partir de um mínimo de throughput - um neologismo anglo-saxão para designar o custo inevitável de manutenção dos estoques, que começa, na ponta dos insumos (input), com os requerimentos de recursos materiais e energéticos (depleção) para o suprimento de bens e serviços, e termina, na ponta dos produtos (output), com os resíduos (poluição) deixados pelo caminho.

Por isso as matrizes de insumo-produto permitem tratar adequadamente do throughput. Adicionalmente, a introdução do hibridismo nesses modelos possibilita lastrear o valor monetário (medido em unidades monetárias) do produto econômico ao valor biofísico (medido em unidades biofísicas de peso ou volume) de sua manutenção.

Essa metodologia oferece a possibilidade de programar resultados financeiros (lucros líquidos) com base em metas estabelecidas para a geração de resíduos, quer na cadeia de suprimentos (fornecedores), quer na de consumo. Desse modo, logra-se a sustentabilidade desde o “berço” até o “túmulo”, por assim dizer.


Ao combinarem medidas biofísicas e monetárias de valor, os modelos híbridos de insumo-produto permitem verificar a contradição que se estabelece entre a poupança de recursos naturais (eficiência ecológica) e os ganhos (ou perdas) monetários.


Reduzir resíduos nem sempre significa reduzir custos - e vice-versa.


Em relação à lógica biofísica (da natureza), a lógica monetária e financeira comporta-se como o cérebro de indivíduos submetidos a restrições calóricas severas. Fisiologicamente, quanto menos comida se ingere, mais o corpo armazena calorias, antecipando um período de prolongada escassez.

Analogamente, quanto menos resíduos se geram, mais elevado torna-se seu preço, pois o mercado supõe que a utilização desses recursos naturais tenha diminuído por conta de sua crescente escassez. Nesse caso, os custos financeiros dos setores que mais economizam recursos tornam-se perversamente altos, desestimulando, assim, a contenção do desperdício.

É preciso identificar quais resíduos e quais setores de atividade ou categorias de consumo exercem maior impacto sobre os custos. Entretanto, na definição de metas de RSU (lixo urbano), os impactos financeiros precisam estar subordinados aos impactos biofísicos.


Valny Giacomelli Sb.
Prof. Deptº Ciências Econômicas (UFSM)
MSc. Environmental Sciences/Environmental Management (Wageningen University and Research Centre, Holanda)
Dr. Engenharia Florestal/Manejo Florestal (UFSM)

27.10.10

Moda Sustentável - Algodão e Tingimento Orgânico

A "ADO" (sonhos Anjelika orgânica) é uma linha de roupas desenhadas para a mulher ativa: Confortável e respirável! Empresa criada pela designer indiana Anjelika Krishna.

Nosso tecido é tingido com a velha tradição indiana de tintura de ervas naturais. Cada filamento de fio é tingido a mão, feitos de ingredientes naturais, como sementes de romã, açafrão, limão, sândalo, manjericão, eucalipto, etc, que dá sua cor original e natural bondade.

Nossas políticas empresariais estão na confecção de roupas livres de produtos químicos sintéticos, irritantes tóxicos, e 100% orgânico e sustentável.

Respeitar o meio ambiente significa também respeitar o bem-estar dos alfaiates e costureiras que o fazem. Todas as roupas ADO são feitas em uma fábrica na Índia e nos EUA, que tem uma abordagem holística aos seus empregados e sustentabilidade econômica. Além de condições de trabalho, alimentação e moradia saudáveis por padrão. Em outras palavras, consideramos-os parte de uma família extensa.



Assim se define a ADO. Para saber mais, vá ao site!

Veja mais:

26.10.10

Folhas Artificiais - Solução em Produção Energética

A melhor solução para os problemas globais de produção de energia já foi desenvolvida, é muito eficiente e vem sendo utilizada há mais de 2 bilhões de anos: a fotossíntese.

Considerado um dos principais pesquisadores no mundo no tema da fotossíntese, Barber é membro da Royal Society of Chemistry e publicou 15 livros e mais de 500 artigos científicos sobre o assunto.

“Imitar a natureza e desenvolver catalisadores capazes de mimetizar a fotossíntese – propiciando uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada – não é um sonho. É uma possibilidade real, contanto que seja feito um esforço internacional multidisciplinar que reúna os cientistas mais talentosos do planeta”, disse à Agência FAPESP.


Segundo ele, uma tecnologia capaz de usar a luz do Sol com eficiência semelhante à observada nas plantas seria a solução definitiva para a questão energética. “A quantidade de radiação solar que se precipita no planeta Terra é gigantesca”, disse.

“Uma hora de luz solar equivale à totalidade da energia que utilizamos em um ano em todo o mundo. É a maior quantidade de energia disponível. Não há nada que se aproxime disso. É também uma energia que incide sobre praticamente todo o globo. É, portanto, igualmente distribuída. Aprender a usar essa energia seria um salto sem precedentes na história da humanidade”, destacou.


Desenvolver uma “folha artificial” seria, segundo ele, a melhor solução a longo prazo. A tecnologia para capturar a energia solar e transformá-la em eletricidade já é bem conhecida: a energia fotovoltaica. Mas, embora seja importante, a energia fotovoltaica não resolve o problema energético.

A energia fotovoltaica é cara para competir com os baratos combustíveis fósseis. Em segundo lugar, não é suficiente apenas a produção de eletricidade. Precisamos de combustíveis para carros e aviões. O ideal é que tenhamos combustíveis líquidos de alta densidade, como é o caso do petróleo, do gás ou até mesmo dos biocombustíveis”, afirmou.

A folha artificial, segundo Barber, é uma tecnologia que absorveria energia solar, armazenando-a em bombas químicas e produzindo combustível. “Talvez produza metanol, ou metano. Mas o importante é que teremos um combustível de alta densidade, como o petróleo, que tem uma quantidade incrível de energia armazenada em um pequeno barril”, disse.

“É muito difícil armazenar grandes quantidades de energia em baterias. Ainda não temos a tecnologia para isso. Talvez um dia tenhamos, mas, no momento, acreditamos que armazenar energia em bombas químicas, como a fotossíntese faz, é o ideal”, apontou.


Com o armazenamento em bombas químicas, a energia solar poderia ser guardada, transportada e distribuída. “Esse armazenamento se daria de uma forma mais complexa que a da energia fotovoltaica. O armazenamento é o verdadeiro desafio que temos pela frente para chegar à folha artificial”, afirmou.

“Conforme queimamos combustíveis fósseis, jogamos dióxido de carbono na atmosfera e isso é ruim para nós. Mas não e ruim para as plantas. Elas gostam de dióxido de carbono. Tanto que usamos o enriquecimento por CO2 em estufas. Então, trata-se de uma química que já existe. As plantas capturam o dióxido de carbono e o convertem novamente em combustível, em moléculas orgânicas”, disse.

A folha artificial, segundo Barber, usará energia da luz para tirar oxigênio da água. Em seguida, o oxigênio servirá para converter o dióxido de carbono novamente em um composto rico em carbono. “Mas, para conseguir isso, teremos que desenvolver a catálise química. É preciso ter uma concepção robusta, usando materiais baratos e funcionando de maneira eficiente, que permita competir com os combustíveis fósseis”, afirmou.

Fonte: Agência FAPESP (Fábio de Castro)

22.10.10

Mar - Dicas Eco Friendly do Oceâno

O quê você pode fazer?

Vote com responsabilidade!

Contate seu representante.
Eleger gestores públicos é essencial para política conscientes que protegem o mar. Faça  pesquisa e tome uma decisão informada. Exerça seu direito de voto e continue envolvido após o dia da eleição. Se você tiver dúvidas ou perguntas, entre em contato com seu representante. Tome uma atitude.



  • Comer marisco sustentável.
A pesca mundial está à beira do colapso. De acordo com a ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO), três quartos da pesca do mundo são exploradas e se encontram significativamente esgotadas ou se recuperando da exploração excessiva. Quando for comprar ou consumir no restaurante ou no mercado, pesquise a procedência e se possível peça certificado de origem de pesca sustentável. Procure por empresas nos buscadores com crimes ambientais de pesca marinha na sua região.

  • Reduzir o consumo de energia.
O dióxido de carbono pela queima de combustíveis fósseis está a fazer os nossos oceanos mais ácidos. Uma conseqüência disso, pode ser a perda de corais em escala global,porque os esqueletos de cálcio são enfraquecidas pelo aumento da acidez da água. Há muitas maneiras simples de reduzir seu consumo de energia. Ande de bicicleta, a pé ou use transporte público. Use equipamentos de alta eficiência em sua casa. Desligue os aparelhos quando não estão em uso. Aumente seu termostato em alguns graus no verão e até alguns graus no inverno. Use lâmpadas de LED compactas em sua casa.

  • Use produtos de plástico reutilizável ou substitua por vidro e papel
Detritos de plástico no oceano degradam habitats marinhos e contribuem para a morte de muitos animais marinhos. Porque plástico flutua, muitas vezes se assemelha a comida para muitas aves marinhas, tartarugas e mamíferos marinhos, portanto ao consumí-los, podem engasgar ou morrer de fome porque os seus sistemas digestivos ficam bloqueados ao ingerir plásticos. Ajude a evitar estas mortes desnecessárias e use sacos de pano no supermercado e garrafas de água reutilizáveis, preferencialmente VIDRO.

  • Descarte devidamente materiais perigosos.
Óleo de motores e outros materiais perigosos acabam se depositando em zonas costeiras, porque não são devidamente eliminados. Isso contamina a água e prejudica a saúde dos nossos oceânos. Certifique-se como eliminar resíduos perigosos de forma ambientalmente segura.

  • Use menos fertilizante.
Quando os fertilizantes são utilizados em jardinagem e agricultura, o excesso eventualmente acaba no oceano. Um resultado é uma "zona morta", uma área com níveis muito baixos de oxigênio na água do tamanho de Nova Jersey, no Golfo do México durante a primavera e no verão. Toda a vida marinha requer oxigênio para viver, incluindo peixe e camarão, sem oxigênio eles morrem. Muitas outras áreas costeiras também estão em risco. Assim, pesquise e faça uso de fertilizantes orgânicos e elimine o uso de fertilizantes químicos.

  • Lugar de lixo é na lixeira da praia.
A maior parte do plástico e destroços encontrados no oceano tem seu início na areia da praia. Com o aumento da multidão na praiana no verão, aumenta a quantidade de lixo deixado para trás. Não deixe o seu na praia! Traga um saco de lixo com você para o seu lixo e seja voluntário levando o lixo de alguém junto com o seu para a casa - contribua para limpeza das praias.


  • Compre produtos "amigos do ambiente".
Evite produtos produzidos através de métodos sustentáveis ou ambientalmente prejudiciais. Por exemplo, evite cosméticos contendo esqualeno tubarão ( shark squalene) e jóias feitas de casca de tartaruga ou de coral do mar. Estes produtos estão diretamente ligados aos métodos de pesca insustentável e a destruição de ecossistemas inteiros.

Veja mais:

21.10.10

Brasil - Um lixo rico de alimentos pouco aproveitados

REDUZIR - Um dos grandes problemas do lixo orgânico é a compra excessiva, o desconhecimento do que se pode aproveitar dos alimentos.

O que você pode fazer já:

  • COMPRAR BEM | CONSERVAR BEM | PREPARAR BEM
DADOS DO BRASIL:

No Brasil, 60% do lixo domiciliar é composto por comida, de acordo com pesquisas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Isso representa, a cada ano, 26,3 milhões de toneladas de restos de alimentos desperdiçados.

DICA DE COMO CONSERVAR BANANAS:
(Nutricionistas Mesa Brasil SESC)

Quando comprar banana, chegue em casa e corte todas da penca, da forma que foi cortado nas fotos. Com tesoura ou faca, para evitar 2 problemas:
  1. O Aparecimento de drosóphilas - mosquinha
  2. Conservação por mais tempo sem deteriorar a ponta.




Dica e crédito das fotos: Programa Mesa Brasil SESC RS

Baixe a Cartilha de Receitas do Mesa Brasil e saiba como aproveitar integralmente os alimentos.


Veja mais:

18.10.10

Walmart suspende compra de produtos não sustentáveis

Anúncio do Walmart de assumir globalmente compromisso pelo desmatamento zero é avanço na preservação da floresta.

Mas ainda falta dizer como vai chegar lá.


É esse o posicionamento que queremos ver nos outros setores produtivos do Brasil!
O Walmart anunciou um pacote de medidas globais para que sua marca esteja mais próxima da sustentabilidade. Uma das ações prometidas é suspender a compra de produtos que estejam associados ao desmatamento da Amazônia. Segundo o anúncio, até 2015, os itens produzidos a partir da criação de gado, do cultivo de soja ou da extração de madeira que vêm de áreas devastadas na floresta tropical brasileira não terão vez nas lojas da rede pelo mundo.

“A iniciativa do Walmart é um passo ambicioso para garantir a preservação da Amazônia. Mas, com ele, vem uma grande responsabilidade, de explicar como vão colocar a promessa em prática. É o que esperamos agora”, diz Marcio Astrini, da campanha Amazônia do Greenpeace.

Gado, soja e madeira são os principais vetores de destruição da floresta tropical brasileira.


Uma parte dos setores de pecuária e sojeiro caminha para uma produção mais limpa, pressionados pelo próprio mercado internacional, que não aceita mais produtos associados à destruição da Amazônia. Mas para que a floresta deixe de cair e o Brasil reduza suas emissões de CO2 – que o colocaram entre os países que mais contribuem com o aquecimento global – é preciso que novos atores exijam uma produção livre de desmatamento.


“Medidas como a do Walmart são um grande avanço para o Brasil e para o equilíbrio climático global. Mas uma boa parcela do problema ainda precisa ser resolvida: os outros supermercados ainda fingem que a destruição da Amazônia não é problema deles”, diz Astrini.

Fonte: Greenpeace


Saiba mais:

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