23.4.10

James Cameron é contra Hidrelétrica de Belo Monte

Diretor de Avatar pretende criar campanha contra projeto hidrelétrico na Amazônia

Avatar: a aventura ecológica de Cameron. ©Official Avatar Movie.

James Cameron, o diretor das maiores bilheterias da história do cinema, Titanic e o recente Avatar, visitou o Brasil na semana passada a convite da organização Amazon Watch.

Além de ser diversas vezes inquirido sobre a possibilidade de filmar parte da sequência de Avatar na Amazônia, o cineasta mostrou-se preocupado com o projeto de construção da usina hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, no estado do Pará.

Segundo o jornal Estado de São Paulo, Cameron afirmou que pretende encabeçar uma campanha contra o projeto, que considera “inútil".

"Não sou tão bonito nem tenho boa voz para cantar, mas vou usar minha voz e meus filmes para tentar alertar sobre essa obra destruidora de populações indígenas e ribeirinhas”, afirmou Cameron ao jornal.


Para o diretor, o investimento bilionário que o governo brasileiro está disposto a bancar (entre 11 e 12 bilhões de dólares) poderia ser destinado ao desenvolvimento de energias mais sustentáveis, como a solar ou a eólica.

"A Alemanha é um país que quase não tem sol e está investindo na energia solar. O Brasil certamente teria como investir nas fontes naturais das energias solar e eólica, que sairiam mais barato ecológica e socialmente que Belo Monte", comentou Cameron.


Depois de sua visita ao Brasil, o cineasta se encontrou com o músico inglês Sting para criar uma organização para proteger os povos da Amazônia. Ele também anunciou que enviaria uma carta ao presidente Lula, comentando sua experiência com as aldeias que perderiam suas terras com a inundação.

A abertura dos envelopes da licitação para construir a represa ocorrerá em aproximadamente 20 dias, momento em que Cameron pretende retornar ao Brasil.

Cabe lembrar que o presidente Lula, em diversas ocasiões, deixou claro que não toleraria a intervenção de estrangeiros nas questões relativas à Amazônia. Uma campanha de artistas talvez não tenha influência suficiente para interferir em um projeto em uma etapa tão avançada.

Mas se Cameron pôde realizar um filme que foi visto por milhões de pessoas e arrecadar dois bilhões de dólares, sem dúvida será interessante acompanhar seus esforços contra o projeto do Rio Xingu. E vocês, acham que ele pode ter alguma influência nesta questão?

Fonte: Estadão

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