5.11.10

Pesquisador da UFSM conquista 1° lugar no Prêmio Varejo Sustentável Walmart-Brasil

Reconhecidamente, um dos maiores desafios da lei de resíduos sólidos é a definição de instrumentos econômicos que estimulem a adoção de práticas menos poluentes e mais eficientes ecologicamente.

Nesse sentido, o trabalho do pesquisador da UFSM, Prof. Valny Giacomelli Sobrinho, sob o título:


"RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO VAREJO: A CONTRIBUIÇÃO DOS MODELOS HÍBRIDOS DE INSUMO-PRODUTO PARA A SUSTENTABILIDADE E A EFICIÊNCIA ECOLÓGICA”
, recebe o 1° lugar no 3º Prêmio Varejo Sustentável Walmart-Brasil - 2010.


Qual o escopo da pesquisa?


O princípio básico, como esclarece o pesquisador:

"Não se trata de simplesmente atribuir preço aos resíduos (tal como nos métodos denominados de "valoração ambiental"); trata-se, antes, de demonstrar como os preços se formam, de maneira inclusive distorcida, a partir do (mau) uso que se faça dos recursos naturais."

Os modelos híbridos de insumo-produto permitem determinar quanto de resíduo (poluição) é necessário para gerar uma unidade monetária de produto ou renda econômicos. Assim, é possível determinar qual é o custo (ou benefício) ambiental da atividade econômica. A vantagem desses modelos é que eles permitem realizar essa avaliação não só na cadeia de consumo (resíduos sólidos ou tóxicos), mas também na de suprimentos (resíduos de produção ou rejeitos) – ou, no caso do varejo, na de fornecedores (resíduos derivados dos estoques de mercadorias a serem vendidas no comércio varejista).

Afinal, os negócios sustentáveis não se resumem mais àqueles que assumem a responsabilidade de recolher resíduos de bens e serviços deixados ao longo da cadeia de consumo (output end).

Embora os produtos e embalagens que chegam ao mercado sejam impostos à sociedade pelas indústrias que os fabricam, o recolhimento deles, na ponta do consumo, pelo setor varejista, que os distribui, é tão imprescindível ao tratamento (reciclagem e reaproveitamento) de resíduos quanto a redução deles, na cadeia de fornecedores (input end).


Tal simetria requerida por uma versão mais consistente de sustentabilidade contempla o ciclo de vida do produto e assenta-se num critério de desempenho econômico denominado “eficiência final”.

Conforme esse critério de sustentabilidade, o objetivo último de toda atividade econômica é conseguir o máximo de serviços a partir de um mínimo de throughput - um neologismo anglo-saxão para designar o custo inevitável de manutenção dos estoques, que começa, na ponta dos insumos (input), com os requerimentos de recursos materiais e energéticos (depleção) para o suprimento de bens e serviços, e termina, na ponta dos produtos (output), com os resíduos (poluição) deixados pelo caminho.

Por isso as matrizes de insumo-produto permitem tratar adequadamente do throughput. Adicionalmente, a introdução do hibridismo nesses modelos possibilita lastrear o valor monetário (medido em unidades monetárias) do produto econômico ao valor biofísico (medido em unidades biofísicas de peso ou volume) de sua manutenção.

Essa metodologia oferece a possibilidade de programar resultados financeiros (lucros líquidos) com base em metas estabelecidas para a geração de resíduos, quer na cadeia de suprimentos (fornecedores), quer na de consumo. Desse modo, logra-se a sustentabilidade desde o “berço” até o “túmulo”, por assim dizer.


Ao combinarem medidas biofísicas e monetárias de valor, os modelos híbridos de insumo-produto permitem verificar a contradição que se estabelece entre a poupança de recursos naturais (eficiência ecológica) e os ganhos (ou perdas) monetários.


Reduzir resíduos nem sempre significa reduzir custos - e vice-versa.


Em relação à lógica biofísica (da natureza), a lógica monetária e financeira comporta-se como o cérebro de indivíduos submetidos a restrições calóricas severas. Fisiologicamente, quanto menos comida se ingere, mais o corpo armazena calorias, antecipando um período de prolongada escassez.

Analogamente, quanto menos resíduos se geram, mais elevado torna-se seu preço, pois o mercado supõe que a utilização desses recursos naturais tenha diminuído por conta de sua crescente escassez. Nesse caso, os custos financeiros dos setores que mais economizam recursos tornam-se perversamente altos, desestimulando, assim, a contenção do desperdício.

É preciso identificar quais resíduos e quais setores de atividade ou categorias de consumo exercem maior impacto sobre os custos. Entretanto, na definição de metas de RSU (lixo urbano), os impactos financeiros precisam estar subordinados aos impactos biofísicos.


Valny Giacomelli Sb.
Prof. Deptº Ciências Econômicas (UFSM)
MSc. Environmental Sciences/Environmental Management (Wageningen University and Research Centre, Holanda)
Dr. Engenharia Florestal/Manejo Florestal (UFSM)

27.10.10

Moda Sustentável - Algodão e Tingimento Orgânico

A "ADO" (sonhos Anjelika orgânica) é uma linha de roupas desenhadas para a mulher ativa: Confortável e respirável! Empresa criada pela designer indiana Anjelika Krishna.

Nosso tecido é tingido com a velha tradição indiana de tintura de ervas naturais. Cada filamento de fio é tingido a mão, feitos de ingredientes naturais, como sementes de romã, açafrão, limão, sândalo, manjericão, eucalipto, etc, que dá sua cor original e natural bondade.

Nossas políticas empresariais estão na confecção de roupas livres de produtos químicos sintéticos, irritantes tóxicos, e 100% orgânico e sustentável.

Respeitar o meio ambiente significa também respeitar o bem-estar dos alfaiates e costureiras que o fazem. Todas as roupas ADO são feitas em uma fábrica na Índia e nos EUA, que tem uma abordagem holística aos seus empregados e sustentabilidade econômica. Além de condições de trabalho, alimentação e moradia saudáveis por padrão. Em outras palavras, consideramos-os parte de uma família extensa.



Assim se define a ADO. Para saber mais, vá ao site!

Veja mais:

26.10.10

Folhas Artificiais - Solução em Produção Energética

A melhor solução para os problemas globais de produção de energia já foi desenvolvida, é muito eficiente e vem sendo utilizada há mais de 2 bilhões de anos: a fotossíntese.

Considerado um dos principais pesquisadores no mundo no tema da fotossíntese, Barber é membro da Royal Society of Chemistry e publicou 15 livros e mais de 500 artigos científicos sobre o assunto.

“Imitar a natureza e desenvolver catalisadores capazes de mimetizar a fotossíntese – propiciando uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada – não é um sonho. É uma possibilidade real, contanto que seja feito um esforço internacional multidisciplinar que reúna os cientistas mais talentosos do planeta”, disse à Agência FAPESP.


Segundo ele, uma tecnologia capaz de usar a luz do Sol com eficiência semelhante à observada nas plantas seria a solução definitiva para a questão energética. “A quantidade de radiação solar que se precipita no planeta Terra é gigantesca”, disse.

“Uma hora de luz solar equivale à totalidade da energia que utilizamos em um ano em todo o mundo. É a maior quantidade de energia disponível. Não há nada que se aproxime disso. É também uma energia que incide sobre praticamente todo o globo. É, portanto, igualmente distribuída. Aprender a usar essa energia seria um salto sem precedentes na história da humanidade”, destacou.


Desenvolver uma “folha artificial” seria, segundo ele, a melhor solução a longo prazo. A tecnologia para capturar a energia solar e transformá-la em eletricidade já é bem conhecida: a energia fotovoltaica. Mas, embora seja importante, a energia fotovoltaica não resolve o problema energético.

A energia fotovoltaica é cara para competir com os baratos combustíveis fósseis. Em segundo lugar, não é suficiente apenas a produção de eletricidade. Precisamos de combustíveis para carros e aviões. O ideal é que tenhamos combustíveis líquidos de alta densidade, como é o caso do petróleo, do gás ou até mesmo dos biocombustíveis”, afirmou.

A folha artificial, segundo Barber, é uma tecnologia que absorveria energia solar, armazenando-a em bombas químicas e produzindo combustível. “Talvez produza metanol, ou metano. Mas o importante é que teremos um combustível de alta densidade, como o petróleo, que tem uma quantidade incrível de energia armazenada em um pequeno barril”, disse.

“É muito difícil armazenar grandes quantidades de energia em baterias. Ainda não temos a tecnologia para isso. Talvez um dia tenhamos, mas, no momento, acreditamos que armazenar energia em bombas químicas, como a fotossíntese faz, é o ideal”, apontou.


Com o armazenamento em bombas químicas, a energia solar poderia ser guardada, transportada e distribuída. “Esse armazenamento se daria de uma forma mais complexa que a da energia fotovoltaica. O armazenamento é o verdadeiro desafio que temos pela frente para chegar à folha artificial”, afirmou.

“Conforme queimamos combustíveis fósseis, jogamos dióxido de carbono na atmosfera e isso é ruim para nós. Mas não e ruim para as plantas. Elas gostam de dióxido de carbono. Tanto que usamos o enriquecimento por CO2 em estufas. Então, trata-se de uma química que já existe. As plantas capturam o dióxido de carbono e o convertem novamente em combustível, em moléculas orgânicas”, disse.

A folha artificial, segundo Barber, usará energia da luz para tirar oxigênio da água. Em seguida, o oxigênio servirá para converter o dióxido de carbono novamente em um composto rico em carbono. “Mas, para conseguir isso, teremos que desenvolver a catálise química. É preciso ter uma concepção robusta, usando materiais baratos e funcionando de maneira eficiente, que permita competir com os combustíveis fósseis”, afirmou.

Fonte: Agência FAPESP (Fábio de Castro)

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