29.9.10

Flora - Uma a cada Cinco Espécies em Risco de Extinção

Divulgação Científica - Ameaça global

As plantas são tão ameaçadas pelo risco de extinção como os mamíferos, de acordo com uma análise global realizada por instituições europeias.


| Pense Verde - Plante Árvores |



O estudo revelou que uma em cada cinco espécies de plantas no mundo corre risco de extinção.


A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção, com os resultados da análise realizada pelo Royal Botanic Gardens de Kew e pelo Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido, e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), foi divulgada nesta terça-feira (28/9), na capital inglesa.



O estudo, considerado uma das principais bases para a conservação, revelou a verdadeira extensão da ameaça às plantas do mundo, estimadas em cerca de 380 mil espécies.



Cientistas das três instituições realizaram avaliações a partir de uma amostra representativa de plantas de todo o mundo, em resposta ao Ano Internacional da Biodiversidade das Nações Unidas e às Metas de Biodiversidade – 2010.



Os resultados anunciados deverão ser considerados na Cúpula da Biodiversidade das Nações Unidas, que reunirá governos em meados de outubro em Nagoia, no Japão, com o objetivo de estabelecer novas metas.



Segundo Hopper, existem questões cruciais para serem respondidas, como qual a velocidade e a causa da perda de espécies e o que pode ser feito com relação a isso.



O cientista acrescentou que as Metas de Biodiversidade para 2020, que serão discutidas em Nagoia, são ambiciosas. Mas um aumento de escala nos esforços se faz necessário em um momento de perda pronunciada da biodiversidade.


“As plantas são o fundamento da biodiversidade e sua relevância para as incertezas climáticas, econômicas e políticas tem sido negligenciada por muito tempo”, afirmou.



“Não podemos ficar de braços cruzados olhando as espécies vegetais desaparecer – as plantas são a base de toda a vida na Terra, fornecendo ar limpo, água, comida e combustível. A vida de todo animal e ave depende delas, assim como a nossa. Obter as ferramentas e o conhecimento necessários para reverter a perda de biodiversidade é agora mais importante que nunca. A Lista Vermelha dá essa ferramenta aos cientistas e conservacionistas”, destacou.


Alguns dos dados revelados pelo estudo:

  • Plantas são mais ameaçadas que aves, tão ameaçadas como mamíferos e menos ameaçadas que anfíbios e corais.

  • Gimnospermas – o grupo vegetal que inclui as coníferas – são o grupo mais ameaçado.

  • O habitat mais ameaçado são as florestas tropicais, como a Amazônia.

  • A maior parte das plantas ameaçadas é encontrada nos trópicos.

  • O processo mais ameaçador é a perda de habitat induzida pelo homem, em especial a conversão de habitats naturais para uso da agricultura.

  • Cerca de um terço das espécies (33%) da amostra é conhecida em grau insuficiente para permitir uma avaliação de conservação. Isso demonstra a escala da tarefa de conservação que será enfrentada por botânicos e cientistas – muitas plantas são tão pouco conhecidas que não é possível saber se estão ou não em perigo.

  • De quase 4 mil espécies que foram cuidadosamente avaliadas, mais de um quinto (22%) foi classificado como ameaçado.
Fonte: FAPESP / kew.org

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Folhas Artificiais para Produção de Energia Solar

De acordo com pesquisa da Universidade da Carolina do Norte do Estado, as folhas artificiais podem criar energia elétrica ainda melhor que painéis solares.

Estes novos dispositivos consistem de um gel à base de água, que é combinada com substâncias sensíveis à luz - como clorofila - a imitar a fotossíntese. Embora os painéis solares sejam feitos de silício, as folhas são muito mais verdes e menos dispendiosas.

As folhas são cobertas com materiais artificiais, como os nanotubos de carbono ou grafite. Os raios solares ativam as moléculas sensíveis à luz, criando eletricidade. A semelhança com a natureza é que as plantas executam o mesmo procedimento para sintetizar os açúcares de que necessitam para crescer.




O objetivo a curto prazo é melhorar esta técnica, que tem provado ser funcional, mas ainda não no topo da eficiência.

Este mecanismo é promissor, mas deve-se considerar que tem um longo caminho a percorrer antes de se tornar uma tecnologia prática. A idéia é ter telhados no futuro, cobertos com várias camadas destas folhas artificiais. No entanto, este conceito ainda é bastante distante.

Após o desastre no Golfo, os Estados Unidos está se esforçando para aproveitar a energia verde, a política energética mudou.
Quem fizer mais com menos irá garantir o seu futuro.

Via: DailyTech

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28.9.10

Qual o valor da biodiversidade?

O indiano Sukhdev é o autor do estudo "A Economia de Ecossistemas e da Biodiversidade" (Teeb, em inglês), que reúne experiências em economia, política e ciência no combate à perda de biodiversidade.

Sua atuação na área começou em 2007, quando economista sênior do Deutsche Bank e foi convidado a calcular os custos dos danos à natureza causados pelo homem.


Seu estudo calcula que a perda anual da destruição da natureza significa algo entre US$ 2,5 trilhões e US$ 4,5 trilhões. Esta conta estima os serviços prestados por um ecossistema. No caso de um rio, por exemplo, prevê quanto custaria construir canais ou dutos para distribuir água. Ou o custo da polinização feita por abelhas. Mas dar valor à perda de uma espécie é complicado, reconhece.

Por isso, “o TEEB quer mostrar o problema da invisibilidade da natureza e apresentar soluções sobre como resolver essa questão, como recuperar os danos já causados aos ecossistemas e como analisar o que cada setor pode fazer: consumidores, empresas, governos locais, nacionais e acordos internacionais”, diz o economista.


O indiano é homem de pensamentos originais e fundamentados:

"O mito recorrente sobre energias renováveis é que significam redução de postos de trabalho. É exatamente o oposto". Segundo ele, energias limpas exigem mais mão de obra qualificada, o que resulta em grande potencial de empregos. Lembra que o setor de petróleo e gás emprega 2,2 milhões no mundo e responde por 85% da produção de energia. "Hoje, as fontes renováveis, que respondem por 7% da energia, já empregam 2,3 milhões".


As propostas de Sukhdev:

  • Criação de um painel científico que monitore as decisões políticas, assim como faz o IPCC, o braço científico das Nações Unidas, nos assuntos climáticos.
  • Acesso à biodiversidade e a divisão dos benefícios do que resultar disso.

Avanço - "Penso que a CoP-10 avançará nestes tópicos" diz o economista indiano Pavan Sukhdev, assessor especial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Pela sua expectativa, a CoP-10 finalmente criará o Painel Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Ecossistema - IPBES, na sigla em inglês -, uma antiga reivindicação da comunidade científica.

Uma das complicações deste assunto é que a maior parte dos recursos naturais se encontram nos países em desenvolvimento, mas os centros de pesquisa e empresas, no mundo rico.
Os benefícios da comercialização de produtos não são compartilhados hoje com o país de origem.

Sukhdev esteve em Curitiba, na semana passada, para lançar um capítulo do Teeb voltado aos governos locais, e visitou nesta terça-feira (14/09) São Paulo, participando de seminários sobre economia verde. É disso que se trata, diz: dar valor aos recursos naturais.

Fonte: Valor


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