Qual o valor da biodiversidade?
O indiano Sukhdev é o autor do estudo "A Economia de Ecossistemas e da Biodiversidade" (Teeb, em inglês), que reúne experiências em economia, política e ciência no combate à perda de biodiversidade.
Sua atuação na área começou em 2007, quando economista sênior do Deutsche Bank e foi convidado a calcular os custos dos danos à natureza causados pelo homem.
Seu estudo calcula que a perda anual da destruição da natureza significa algo entre US$ 2,5 trilhões e US$ 4,5 trilhões. Esta conta estima os serviços prestados por um ecossistema. No caso de um rio, por exemplo, prevê quanto custaria construir canais ou dutos para distribuir água. Ou o custo da polinização feita por abelhas. Mas dar valor à perda de uma espécie é complicado, reconhece.
Por isso, “o TEEB quer mostrar o problema da invisibilidade da natureza e apresentar soluções sobre como resolver essa questão, como recuperar os danos já causados aos ecossistemas e como analisar o que cada setor pode fazer: consumidores, empresas, governos locais, nacionais e acordos internacionais”, diz o economista.
O indiano é homem de pensamentos originais e fundamentados:
"O mito recorrente sobre energias renováveis é que significam redução de postos de trabalho. É exatamente o oposto". Segundo ele, energias limpas exigem mais mão de obra qualificada, o que resulta em grande potencial de empregos. Lembra que o setor de petróleo e gás emprega 2,2 milhões no mundo e responde por 85% da produção de energia. "Hoje, as fontes renováveis, que respondem por 7% da energia, já empregam 2,3 milhões".
As propostas de Sukhdev:
- Criação de um painel científico que monitore as decisões políticas, assim como faz o IPCC, o braço científico das Nações Unidas, nos assuntos climáticos.
- Acesso à biodiversidade e a divisão dos benefícios do que resultar disso.
Avanço - "Penso que a CoP-10 avançará nestes tópicos" diz o economista indiano Pavan Sukhdev, assessor especial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Pela sua expectativa, a CoP-10 finalmente criará o Painel Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Ecossistema - IPBES, na sigla em inglês -, uma antiga reivindicação da comunidade científica.
Uma das complicações deste assunto é que a maior parte dos recursos naturais se encontram nos países em desenvolvimento, mas os centros de pesquisa e empresas, no mundo rico.
Os benefícios da comercialização de produtos não são compartilhados hoje com o país de origem.
Sukhdev esteve em Curitiba, na semana passada, para lançar um capítulo do Teeb voltado aos governos locais, e visitou nesta terça-feira (14/09) São Paulo, participando de seminários sobre economia verde. É disso que se trata, diz: dar valor aos recursos naturais.
Fonte: Valor
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