2.3.10

Pesquisa - Consumidores estão mudando seus valores

Os valores dos consumidores estão mudando em todo o mundo, e isso tem se refletido em seu comportamento diante dos produtos, das marcas e das empresas.

( Por Fátima Cardoso, do Instituto Akatu).

“Há uma nova tendência, e espero que não seja passageira: as causas sociais são a nova forma de status”, declara Mitch Markson, diretor global de Criatividade e Consumo da agência de Relações Públicas Edelman.


Markson fez essa afirmação durante a apresentação, em São Paulo, da terceira edição da pesquisa Good Purpose, realizada pela Edelman em dez países (Alemanha, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, França, Índia, Inglaterra, Itália e Japão).

O estudo é realizado anualmente com o objetivo de saber como as ações de responsabilidade social e ambiental afetam os negócios das empresas. A pesquisa ouviu cerca de 6000 pessoas entre 18 e 64 anos — consumidores comuns, e não líderes de opinião.

Uma das mudanças de valores mais significativas é que encontrar felicidade em consumir parece fazer parte do passado. “Agora, mais é menos”, diz Markson, baseado nos dados da pesquisa.

“Apenas 16% dos consumidores ouvidos neste ano disseram encontrar satisfação em fazer compras. No ano passado, eram 25%. Entre os consumidores brasileiros, a diferença é ainda maior: 29% disseram encontrar satisfação em ir às compras em 2008, enquanto este ano foram apenas 14%”, revela Markson.


Causas sociais e ambientais motivam o consumidor


Entre as maiores preocupações dos consumidores, tanto no Brasil quanto no mundo, estão: proteger o meio ambiente, aumentar a qualidade dos serviços de saúde, reduzir a pobreza, amenizar a fome e a falta de moradia e que todos tenham oportunidades iguais na educação.

Muitos dados da pesquisa mostram que os consumidores reconhecem as boas causas e estão dispostos a apoiar as marcas e empresas que as praticam.

Eis a síntese de alguns números, que revelam duas tendências: as porcentagens de resposta positiva são invariavelmente superiores às do ano passado, e os índices brasileiros são sempre mais altos que a média mundial:

  • 81% dos consumidores brasileiros recomendariam uma marca que apóia uma boa causa (média mundial: 64%).
  • 82% dos consumidores brasileiros ajudariam uma marca a promover seus produtos se houvesse uma boa causa por trás deles (média mundial: 59%).
  • Entre dois produtos com preço e qualidade semelhantes, 71% dos consumidores brasileiros escolhem um deles pela causa social (média mundial: 43%). O segundo fator que pesa na escolha, no Brasil, é design e inovação, com 18% (média mundial: 34%).
  • 75% dos consumidores brasileiros disseram ter comprado, no último ano, um produto de uma marca que apóia uma boa causa, mesmo que não fosse o mais barato (média mundial: 61%)
  • Se o preço não fosse um fator determinante, 80% dos consumidores brasileiros prefeririam um carro híbrido, e apenas 20%, um carro de luxo (médias mundiais: 67% e 33%, respectivamente); 79% iriam preferir uma casa ambientalmente correta, e 21%, uma casa grande (médias mundiais: 70% e 30%, respectivamente).
  • 76% dos brasileiros têm uma opinião melhor sobre empresas que integram as boas causas aos seus negócios, independentemente dos motivos pelos quais o fazem (média mundial: 59%).
  • 89% dos consumidores brasileiros dizem esperar que as marcas façam algo para apoiar uma boa causa (média mundial: 64%)
  • 75% dos brasileiros procuram marcas que façam mais do que apenas oferecer um bom produto ou serviço (média mundial: 58%)
  • 86% dos consumidores brasileiros querem que as marcas os ajudem a fazer uma diferença positiva no mundo (média mundial: 63%).
  • 83% dos brasileiros mudariam de marca se outra marca, de qualidade semelhante, apoiasse uma boa causa (média mundial: 67%)
  • 67% das pessoas no Brasil conhecem marcas que apóiam boas causas por meio de seus produtos e serviços. Em 2008, esse número era de 50%

De acordo com Mitch Markson, os brasileiros revelaram-se os mais otimistas e os que demonstraram mais compaixão entre os consumidores ouvidos na pesquisa; os japoneses foram os mais céticos.

No Brasil, 64% disseram estar pessoalmente envolvidos no apoio a uma boa causa, enquanto a média mundial foi 52%.

Dica:
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