Mostrando postagens com marcador Lixo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lixo. Mostrar todas as postagens

8.6.12

Os números do Lixo Eletrônico

Resíduos eletrônicos, também denominados de e-lixo (e-waste em inglês) são os vilões do momento.

São produtos eletrônicos que não podem mais ser reaproveitados, como computadores, celulares, notebook, câmeras digitais, MP3 player, entre outros. Nesta lista também entram os equipamentos elétricos de casa, como microondas, estufas, calculadoras, TVs que quando descartados, podem poluir o planeta.

Estes equipamentos são produzidos com substâncias nocivas, e uma vez descartados de forma incorreta em locais pouco apropriados como lixões e perto de lençóis freáticos tornam-se problemas ainda maiores.

Números que alarmam

Os resíduos eletrônicos já representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade. Quer dizer que 50 milhões de toneladas são jogadas fora todos os anos pela população do mundo.

O Brasil produz 2,6Kg de lixo eletrônico por habitante, o equivalente a menos de 1% da produção mundial de resíduos do mundo, porém, a indústria eletrônica continua em expansão. A previsão até 2012 é que o número de computadores existentes no país dobre e chegue a 100 milhões de unidades.

Dos 100 milhões, 40% são eletrodomésticos. Aqui no Brasil são fabricados por ano 10 milhões de computadores, e quase nada está sendo reciclado. Celulares e baterias que são fabricadas com componentes tóxicos, são 150 milhões.

Entrarão no mercado anualmente mais 80 milhões de celulares, mas somente 2% serão descartados de forma correta. Os outros 98% serão simplesmente guardados em casa ou despejados no lixo comum, agravando a contaminação ambiental com sérios impactos a nossa vida.

Enquanto não criamos processos de logística reversa, para amenizar essa questão, todos somos co-responsáveis.

Pense bem se precisa um novo celular, notebook ou mesmo uma estufa elétrica antes de comprar.  Pense se não pode prolongar a vida útil dos seus equipamentos. Se não puder, que tal tentar trocá-lo na mesma loja onde for comprar o novo ou quem sabe cambiar na assistência técnica que costuma prestar serviços à você?!

Saiba mais:

16.12.11

Capa plástica biodegradável com sementes


Que tal comprar uma capa de chuva feita de fécula de batata como base - uma nova geração altamente compostável e biodegradável de plástico eco friendly ?

A 'Spudcoat' é ideal para Festivais, Camping e quaisquer outras actividades ao ar livre. A Raincoat Spud é fabricada na Espanha a partir de bioplástico fabricada na Alemanha.
Pode ser usada várias vezes e depois de ter rasgado ou perder a utilidade em proteger da chuva, não jogue fora, plante-a.

Embutido na capa, há sementes envoltas em argila, portanto sua capa velha pode se transformar em uma planta de tomate ou pepino.

Ainda não disponível no Brasil!




Veja Mais:


29.11.11

Porta toco de cigarro para uso na bolsa!

Mais uma boa ideia de reaproveitamento simples e acessível! Potes plásticos amplamente usados pela indústria para embalar temperos, podem ser facilmente utilizados como porta " bituca ".

As bitucas são incômodo a quem fuma e ao ambiente. Portanto leve na bolsa, que esses potinhos são hermeticamente fechados.


De acordo com uma nova pesquisa, filtros de cigarro têm efeitos potencialmente tóxicos sobre os ecossistemas, por exemplo, em um teste de laboratório, uma ponta de cigarro embebido em um litro de água foi letal para metade dos peixes expostos. 

Pontas de cigarro contêm metais pesados ​​que podem contaminar cursos de água, representando uma ameaça para a vida aquática. Os novos dados são parte de um suplemento especial - financiado pela fundação nacional de saúde pública Legacy ® - no jornal Tobacco Control.

Infelizmente, o fato de que a nicotina por si só é um veneno extremamente tóxico não é mencionado. Poucas pessoas percebem que a nicotina também é vendida comercialmente na forma de pesticida! 

A cada ano, muitas crianças chegam a pronto-socorros depois de comer cigarros ou bitucas de cigarro. Sessenta miligramas de nicotina (a quantidade de três ou quatro cigarros se toda a nicotina deles fosse absorvida) é capaz de matar um adulto, mas consumir a quantidade de nicotina presente em apenas um cigarro já é o bastante para deixar um bebê gravemente doente!

Filtros de cigarro representam cerca de 38% de todos os itens coletados como lixo em estradas e vias.
Se você é fumante, faça sua parte! Carregue um porta bituca e descarte adequadamente. Pesquise junto a órgãos públicos municipais e peça orientação de como proceder.


Veja Mais:



22.11.11

Ímãs de lixo eletrônico, podem ser reciclados


Pesquisa realizada no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) sobre o reprocessamento de ímãs de neodímio-ferro-boro (NdFeB) abre caminho para o descarte sustentável dos ímãs contidos nos discos rígidos de computadores fora de uso e para o desenvolvimento de tecnologias da cadeia produtiva de terras-raras.


  • Terras-raras compõem um grupo de 17 elementos químicos – entre os quais cério, praseodímio, térbio e neodímio – com aplicações diversas, como na produção de supercondutores, catalisadores e componentes para carros híbridos.


A pesquisa de Elio Alberto Périgo demonstrou que a categoria de ímãs é a mais adequada para aplicações que demandem propriedades mais restritivas, como o uso em produtos tecnológicos de alto desempenho, e de maior valor agregado em relação aos ímãs aglomerados, que combinam material particulado e resina e têm propriedades magnéticas menores.

Périgo buscou comprovar a possibilidade de reprocessar o neodímio-ferro-boro e alcançar propriedades superiores às das ferrites, usadas atualmente para a produção dos tipos mais simples de ímãs.

“É o material de menor custo disponível no mercado, mas suas propriedades são relativamente baixas. A aplicação ocorre quando as propriedades magnéticas não são restritivas, como pequenos motores elétricos e alto-falantes”, disse.

A pesquisa indicou a possibilidade do emprego do material reprocessado em aplicações nas quais é preciso elevada resistência à desmagnetização.

“Quando o consumidor troca o computador, ele descarta o equipamento porque busca uma maior capacidade de processamento, por exemplo, e não porque o ímã parou de funcionar”, explicou. “O material magnético continua operante e nas mesmas condições da época em que o computador foi comprado.”

A fabricação de ímãs permanentes de alto desempenho é possível somente com o emprego das terras-raras, o grupo no qual está presente o neodímio. O mercado é atualmente dominado pela China, mas as recentes reduções nas quantidades de materiais que o país pode exportar aumentaram as dúvidas pela continuidade do abastecimento e impulsionaram projetos de desenvolvimento de empreendimentos de mineração em todo o mundo, principalmente no Canadá e na Austrália.

“Recentemente, o preço desses elementos subiu de forma abrupta, e no Brasil quem utiliza ímãs em compressores, motores e a indústria eletroeletrônica precisam importar esses materiais, já que não existem substitutos nacionais”, disse Périgo.

Fonte: Agência FAPESP - Leia na íntegra!

18.11.11

Conceito dos 3R's evoluiu para 7R's

Vejam que bela reflexão a ser feita sobre Meio Ambiente:



I – Conceito de Repensar


Geralmente agimos na vida automaticamente, sem analisarmos o que estamos fazendo, pois de antemão concluímos que todos fazem a sua parte.

Mas é necessário parar para pensar:

1. Realmente precisamos de determinados produtos que compramos ou ganhamos?
2. Compramos produtos duráveis/resistentes, evitando comprar produtos descartáveis?
3. Evitamos a compra de produtos que possuem elementos tóxicos ou perigosos?
4. Enterramos o nosso lixo orgânico, se não houver coleta no bairro?
5. Evitamos queimar o lixo?
6. Lemos os rótulos dos produtos para conhecer as suas recomendações ou informações ambientais?
7. Usamos detergentes e produtos de limpeza biodegradáveis?
8. Utilizamos pilhas recarregáveis?
9. Compramos produtos provenientes de trabalho escravo?
10. Compramos produtos produzidos por crianças que são obrigadas a trabalhar?
11. Compramos produtos de origem duvidosa?
12. Evitamos a compra de caderno e papéis que usam cloro no processo de branqueamento?
13. Pegamos emprestado ou alugamos aparelhos/equipamentos que não usamos com freqüência, ao invés de comprá-lo?
14. Não jogamos no lixo remédios, injeções e curativos feitos em casa, procurando uma farmácia ou um posto de saúde como uma alternativa de descarte?
15. Consertamos produtos em vez de descartá-los, substituindo-os por novos?
16. Deixamos os pneus velhos nas oficinas de trocas, pois elas são responsáveis pelo seu destino adequado?
17. Deixamos a bateria usada do carro no local onde adquirimos a nova, certificando que existe um sistema de retorno ao fabricante?
18. Evitamos as pilhas de alto teor de chumbo, cadmo e mercúrio ou então, após o uso, devolvemos o produto para o revendedor?
19. Junto aos outros consumidores, exigimos produtos sem embalagens desnecessárias, assim como vasilhames?
20. Damos preferência a produtos e serviços que não agridem ao ambiente, tanto na produção, quanto na distribuição, no consumo e no descarte final?
21. Escolhemos produtos de empresas certificadas, isto é, que desenvolvam programas sócio-ambientais e/ou que sejam responsáveis pelo produto após consumo?

II– Conceito de Reduzir

Portanto, devemos reduzir o consumo tomando as seguintes atitudes:

1. Comprar somente o necessário;
2. Comprar produtos duráveis;
3. Adotar um consumo mais racional;
4. Comprar produtos que tenham refil;
5. Diminuir a quantidade de pacotes e embalagens;
6. Evitar gastos desnecessários de papel para embrulhar presentes;
7. Levar sacolas ou carrinhos de feira para carregar compras, em substituição as sacolas oferecidas pelas lojas e supermercados; e
8. Dividir com outras pessoas alguns materiais como: jornais, revistas e livros.

III – Conceito de ReutilizarEste conceito está relacionado com a utilização de um produto ou embalagem mais de uma vez.

Portanto, estaremos reutilizando quando:

1. Compramos produtos cujas embalagens são reutilizáveis e/ou recicláveis;
2. Quando usamos o verso da folha de papel para escrever;
3. Pintamos móveis antigos, fazendo-os parecer novos;
4. Trocamos a capa dos estofados;
5. Guardamos, para uso posterior, envelopes pardos que já foram usados, mas que continuam perfeitos;
6. Fazemos a limpeza em objetos antigos, sem uso, para começar a reutilizá-los;
7. Doamos produtos que possam servir as outras pessoas, como: revistas, livros, roupas, móveis, utensílios domésticos, etc; e
8. Consertamos brinquedos.

IV – Conceito de Reaproveitar

Com o reaproveitamento, a quantidade de lixo diminui e ainda economizamos.E o ambiente agradece. Vejam como reaproveitar materiais no cotidiano:

1. Evitem comprar sacos de lixo. Utilizem as embalagens das compras para jogá-lo fora;
2. Procurem comprar produtos que tenham embalagens que podem ter outro uso;
3. Caixas de sapato são ótimas para porta –trecos;
4. Potes de plástico ou de vidro são boas opções para guardar pregos, parafusos, chips, etc;
5. Envelopes podem ser usados para guardar documentos ou fotografias;
6. Roupas usadas poderão ser recortadas ou tingidas;
7. Caixas de papelão poderão ser utilizadas para colocar produtos de limpeza; e
8. Procuramos dar um novo destino aos objetos que foram utilizados.

V – Conceito de Reciclar

Através da reciclagem, os produtos (= lixo) serão transformados em matéria prima para se iniciar um novo ciclo de produção-consumo-descarte.

O ambiente também agradece a reciclagem, pois a economia de água e de energia é imansurável. Podemos contribuir da seguinte maneira:

1. Comprando produtos reciclados;
2. Comprando produtos cujas embalagens sejam feitas de materiais reciclados;
3. Participando de campanhas para coleta seletiva de lixo;
4. Organizem-se em seu trabalho/escola/bairro/rua/comunidade/igreja/casa um projeto de separação de materiais para coleta seletiva;
5. Entrando em contato com uma Associação de Catadores do seu bairro, distrito ou município para juntos traçarem um plano de trabalho que deverá ser desenvolvido no seu local de ação;
6. Só faça coleta seletiva de “lixo” que poderá ser encaminhado para local de reciclagem ou de venda;
7. Os materiais que poderão ser coletados, de modo geral, são: jornais, papéis, papelões, livros, vidros, plásticos, alumínio, outros materiais; e
8. Após a coleta encaminhar para a Associação de Catadores ou diretamente para a Indústria de Reprocessamento.

VI – Conceito Recusar NOVO!

É dizer NÃO aos produtos que agridam o meio ambiente.


VII – Conceito Responsabilizar e Recuperar NOVO!

Temos de nos responsabilizar pelo nosso consumo e recuperar o que foi danificado; compensar o planeta pelos desgastes e retiradas que temos realizado. Bem como exigir a responsabilidade das empresas em recuperar ou compensar o meio ambiente, com projetos ambientais, pelo uso e descarte insdiscriminado de poluentes , bem como pelo mau uso dos recursos naturais.


Veja mais:

10.11.11

Os Seis Erros sobre o Plástico

A ONG da Califórnia, Algalita Marine Research Foundation (AMRF), pesquisa desde 1999 os impactos do plástico nos oceânos e sua cadeia produtiva e faz um alerta:


O Oceâno está se transformando numa SOPA PLÁSTICA

Sua organização e outros grupos científicos marinhos através de seus próprios estudos, acreditam agora que o plástico está aumentando no mundo dos oceânos por cerca de 100% a cada três anos.

Em 2007, Charles Moore repetiu seus estudos com a manta e descobriu que partículas de plástico em sua área de ensaio grande, aumentaram cinco vezes mais em menos de uma década.


Publicaram também material explicativo sobre o plástico, onde encontramos os 6 erros sobre o Plástico:


Seis equívocos sobre PLÀSTICO que são promovidos pelo porta-voz desta poderosa indústria --- O Conselho Americano de Plásticos e da Sociedade da Indústria Plástica.


  1. Plásticos que são depositados nos coletores de lixo marcados para reciclagem são reciclados.

    FATO: A maior parte não é reciclada.
  2. Os plásticos recolhidos pelos caminhões reduzem a quantidade de resíduos plásticos depositados em aterros sanitários.

    FATO: Não reduzem.
  3. As resinas que são produzidas para embalagens, são feitas com substâncias das refinarias de petróleo.

    FATO: A maioria são produzidos a partir de óleo cru e
    gás natural.
  4. Os recicladores de plásticos promovem a sua reciclagem.

    FATO: Os produtores de pellets de resina plástica
    fazem anúncios pagos para promover a venda de plásticos.
  5. Usar recipientes de plástico economiza energia.

    FATO: A maior parte do gasto energético é consumida pelo
    fabricante de plástico. Produzir vidro consome a mesma quantidade de energia que plásticos. No entanto, o vidro reciclado utiliza menor quantidade de geração de energia do material plástico virgem ou de vidro.

  6. Nossas alternativas estão limitadas a reciclar ou desperdiçar.

    FATO: Reduzir o conumo do material é a chave. E é tão simples.


Basta observar este filme foi feito em 2001, a partir de estudos feitos em 1999, para termos noção da realidade. (inglês)


8.11.11

Melhores iniciativas públicas: lixo e reciclagem


O debate do EIMA 8 ( Encontro Ibero-americano sobre Desenvolvimento Sustentável ) focou na mudança de comportamento da população.

Nas palavras de Javier Maroto, prefeito de Victoria-Gasteiz, nomeada Cidade Verde Europeia 2012 por demonstrar estratégias e políticas aplicadas ao tema em uma população local de cerca de 250 mil habitantes:  “o grande desafio é fazer com que cada habitante se preocupe com a destinação dos resíduos de seu próprio consumo”.


Josep Maria Tost, diretor da Agência de Resíduos da Catalunha, dividiu com a plateia as políticas que também fizeram da gestão catalã um modelo de sustentabilidade. “Foram vinte anos trabalhando o tema, a partir de diretrizes e leis nacionais e da União Europeia. Não foi feito de um dia para o outro.” Segundo Tost, para sanar o problema das sacolas plásticas, “foram três anos de trabalho e muitos acordos para chegarmos em consensos. Negociamos com os fabricantes de sacolas plásticas, criamos mecanismos de controle que incluíram inspeções e multas”. O diretor acrescentou também que os valores arrecadados pelo “imposto verde” são revertidos para os programas de reciclagem dos municípios.


Assim, Tost sugeriu, “no Brasil não se deve ter pressa, mas aprender conjuntamente. Reciclar é uma das obrigações dos cidadãos do Século 21. Na Espanha, nossa motivação vem principalmente da geração de empregos e economia de matérias-primas”.


Acerca da Política Nacional de Resíduos Sólidos do Brasil (PNRS), Pedro Stech, diretor de Tecnologia Ambiental da empresa Estre, alertou sobre a importância da gestão integrada entre municípios. “A PNRS deu enfoque a um tema que antes ficava em segundo plano, entre pessoas sem conhecimento pleno do trabalho. Os resultados melhoraram, a gestão tornou-se um ponto importante e a iniciativa privada passou a ver grandes oportunidades.”


No Brasil, segundo Stech, “ainda vivemos a realidade dos lixões. O destino de muitos deles é desconhecido e o gerenciamento, inadequado”. Para ele, “existem dois marcos na Política Nacional: o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que uniu a coleta seletiva, cooperativas e consórcios, oferecendo soluções conjuntas regionais, em regiões metropolitanas. Depois, vem o fato de que em 2014 os lixões serão proibidos no país. Isto gerará um novo ciclo de negócios na área”, acredita. Para Stech, “aterros controlados são formas de esconder o problema, sou contra. O mínimo que podemos aceitar são os aterros sanitários”, defendeu.


Da Ambilamp, organização dos produtores de lâmpadas, registrada pelo Ministério de Indústria, Comércio e Turismo da Espanha, falou o diretor-geral, Juan Carlos Enrique. “Hoje contamos com 148 empresas. A legislação intensificou-se entre 2002 e 2008, acerca da destinação de aparelhos elétricos e eletrônicos. Na Federação Europeia de Produtores de Lâmpadas há um rico intercâmbio de experiências. Na Espanha, montamos um sistema de tratamento específico para a reciclagem de mercúrio e compostos do pó fluorescente”, explicou Enrique. A Ambilamp pretende duplicar a quantidade de lâmpadas que serão recolhidas, entre 2011 e 2014.


Para Maria Cecília Loschiavo, titular da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo, é fundamental uma revisão do conceito de design: “uma compreensão leiga privilegiou aspectos estéticos nas práticas industriais. A PNRS nos traz vitalidade para trabalharmos a ‘desbanalização’ do termo”. Ela defendeu que “viemos de uma história de escassez para a de abundância. No Século 21, o excesso de consumo torna necessário repensarmos nossos parâmetros e estilo de vida”.


Citando Guimarães Rosa, Loschiavo convocou os participantes para “uma conversa desarmada” em torno do bem comum: “o design deve servir à sustentabilidade, precisamos pensar cidades criativas, pontos de coleta com sistemas informatizados, oferecer educação e estímulo aos cidadãos por meio de cartilhas, guias e experiências. Todavia, estas por mais que sirvam enquanto referências, nem sempre poderão ser reaplicáveis”, ponderou.


Representando o Ministério do Meio Ambiente, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Nabil Bonduki, ofereceu um panorama das iniciativas correntes para viabilização da PNRS, como uma “responsabilidade compartilhada”.

“Os municípios deverão entrosar planos estaduais e federais, ou então serão punidos. É essencial o apoio dos Estados para a regionalização das políticas intermunicipais. Economicamente, municípios com menos de 150 mil habitantes tornam-se inviáveis. Todos os Estados participam, por meio de 380 agrupamentos. Esta é a forma encontrada para levar a Política adiante”, explicou Bonduki.


No Chile, a política para resíduos sólidos também passa por aperfeiçoamento. Segundo a avaliação de Mayling Yuen, diretora de Metodologia da Fundação Casa da Paz, “é um trabalho de formigas, vamos de lugar em lugar. O processo se aprimorou a partir de 2008, com o plano de ação da Comissão Nacional do Meio Ambiente. Em 2009, criou-se o Santiago Recicla, estratégia de linha nacional”.


“Focamos no trabalho do reciclador, e tivemos que oferecer medidas como privatização da reciclagem para fomentar condições e poder avançar em processos de separação mecânica dos materiais e capacitação daqueles que coletam para reciclagem”, explicou Yuen.


Por fim, Helio Mattar, diretor do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, chamou atenção para o papel do consumidor, “que é o final e o início da questão” nos mecanismos de ação para a sustentabilidade dos resíduos sólidos. Segundo Mattar, “a solução só virá da conscientização dos consumidores, futuros multiplicadores de novos hábitos”. Mencionando a experiência do Akatu, Mattar compartilhou a dificuldade de provocar uma reação positiva nos consumidores.


 “Para retirar o consumidor da zona de conforto não existe mágica, é preciso mostrar o problema e o repertório de ações que existem. É importante dimensionar para o indivíduo o peso que ele tem na conta final do município. Podemos educar o consumidor por metodologias e dinâmicas, dar motivação para que ele possa agir, além de formar grupos de referência para o consumo consciente que tenham melhores parâmetros”, observou Mattar.


Fonte: Texto adaptado de Marília Arantes, da Envolverde

3.11.11

Borás, a cidade sem lixo!

Borás, a cidade sem lixo, mostra que progresso não precisa produzir sujeira.

Em Borás, na Suécia, a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela população de cerca de 64 mil habitantes é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia (biogás), que abastece a maioria das casas, estabelecimentos comerciais e a frota de 59 ônibus que integram o sistema de transporte público da cidade.

Em função disso, o descarte de lixo no município sueco é quase nulo, e seu sistema de produção de biogás se tornou um dos mais avançados da Europa. ( Foto: Wikimedia )

"Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador", disse o professor de biotecnologia da Universidade de Borás, Mohammad Taherzadeh.

Taherzadeh falou durante o encontro acadêmico internacional Resíduos sólidos urbanos e seus impactos socioambientais, realizado em São Paulo.

Promovido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Borás, o evento reuniu pesquisadores das duas universidades e especialistas na área para discutir desafios e soluções para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com destaque para a experiência da cidade sueca nesse sentido.

Gestão de resíduos sólidos

De acordo com Taherzadeh, o modelo de gestão de resíduos sólidos adotado pela cidade, que integra comunidade, governo, universidade e instituições de pesquisa, começou a ser implementado a partir de meados de 1995 e ganhou maior impulso em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países da União Europeia.

Para atender à legislação, a cidade implantou um sistema de coleta seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias e os descartam em coletores espalhados em diversos pontos na cidade.

Dos pontos de coleta, os resíduos seguem para uma usina onde são separados por um processo óptico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.

"Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de aterros sanitários. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos", afirmou Taherzadeh.

Coleta seletiva e reciclagem

Na região metropolitana de São Paulo, que é responsável por mais de 50% do total de resíduos sólidos gerados no estado e por quase 10% do lixo produzido no país, estima-se que o percentual de coleta seletiva e reciclagem do lixo seja de apenas 1,1%.

"É um absurdo que a cidade mais importante e rica do Brasil tenha um percentual de coleta seletiva de lixo e reciclagem tão ínfimo. Isso se deve a um modelo de gestão baseado na ideia de tratar os resíduos como mercadoria, como um campo de produção de negócios, em que o mais importante é que as empresas que trabalham com lixo ganhem dinheiro. Se tiver reciclagem, terá menos lixo e menor será o lucro das empresas", disse Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

Nesse sentido, para Raquel, que é relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos de moradia adequada, a questão do tratamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil não é de natureza tecnológica ou financeira, mas uma questão de opção política.

"Nós teríamos, claramente, condições de realizar a reciclagem e reaproveitamento do lixo, mas não estamos fazendo isso por incapacidade técnica ou de gestão e sim por uma opção política que prefere tratar o lixo como uma fonte de negócios", afirmou.

Gaseificadores

Uma das alternativas tecnológicas para diminuir o volume de resíduos sólidos urbanos apresentada pelos participantes do evento foi a incineração em gaseificadores para transformá-los em energia, como é feito em Borás.

No Brasil, a tecnologia sofre resistência porque as primeiras plantas de incineração instaladas em estados como de São Paulo apresentaram problemas, entre os quais a produção de compostos perigosos como as dioxinas, além de gases de efeito estufa.

Entretanto, de acordo com José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, grande parte desses problemas técnicos já foi resolvida.


Matéria: Agência Fapesp - 12/04/2011

Veja mais:

25.10.11

Agenda da Coleta Seletiva em Santa Maria

Santa Maria agora conta com serviço de Coleta Seletiva! Agora não tem desculpa para você não se organizar e separar seu lixo seco.

Em alguns países, o consumidor é co-responsável pela geração de lixo e igualmente co-responsável pela destinação adequada. Só para ter ideia, na Irlanda tem uma cota de lixo semanal por pessoa. Se você gerar mais lixo que o permitido, acaba pagando por exceder sua cota.

Em outros países há sistemas mais avançados, onde o consumidor no descarte, automaticamente seleciona o lixo e os materiais não recicláveis, são depositados em vagões de incineração.

Façamos nossa parte! A responsabilidade do seu lixo não é da prefeitura. Se você tiver cuidado ao descartar nos locais adequados, seguramente teremos uma cidade mais limpa!

Veja a agenda da Coleta Seletiva:

De Segunda a Sexta:  Manhã 8h às 12h. 
                               Tarde 13h às 17h30min.

Confira o dia da coleta no seu bairro:
  • Segunda-feira: Centro
  • Terça-feira: N.S. Lourdes, N.S. Medianeira, Nonoai, Dores, Dom Antonio Reis e Lameira.
  • Quarta-feira: Itararé, N.Sa. do Rosário, João Goulart e Km 3.
  • Quinta-feira: Camobi, São José e Cohab Fernando Ferrari.
  • Sexta-feira:  Patronato, Parque Pinheiro Machado e Cohab Tancredo Neves. 

Maiores informações, contate: contato@reciclasantamaria.com.br 
Fonte: reciclasantamaria.com.br

Related Posts with Thumbnails

Seguidores

Desenvolvimento e Gestão do Blog: Zope Mídia

ads.txt

  © Free Blogger Templates 'Greenery' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP